Características físico-químicas e tecnológicas de farinhas de mandioca (Manihot esculenta Crantz) Copioba e comum: um estudo de caso
Farinha de mandioca; Composição; Classificação; Propriedades Tecnológicas.
O Vale da Copioba é marcado pela produção de farinhas de mandioca, tendo notoriedade a “farinha de Copioba”, contudo, ainda não há clareza quanto aos atributos que a distinguem da farinha comum. Assim, este estudo objetivou caracterizar farinhas de mandioca Copioba e comum, de duas variedades de raízes, obtidas de produtor de grande reputação, quanto às características físico-químicas e tecnológicas. Amostras das farinhas foram analisadas para granulometria, cor, caracterização físico-química, morfologia do amido e propriedades de pasta e textura. As farinhas foram identificadas no grupo seca, classe fina, com cor natural entre branco e amarelo claro. Quanto às características físico-químicas, verificaram-se produtos com baixo conteúdo de umidade (2,92-8,17%) - atividade de água de 0,075-0,400, proteínas (0,67-1,4%), lipídios (0,18-0,42%) e elevado de carboidratos (89,23-94,24%), sendo farinhas do tipo I. Quanto às cinzas, duas amostras foram não conformes (3,89, 4,72%), sinalizando problemas na produção. Todas as amostras enquadraram-se como ácidas (8,41-8,62 meq NaOH 0,1N/100) e preservavam grânulos de amido nativo. Dentre as propriedades de pasta, verificou-se viscosidade final boa (2445-2849 cP) e géis claros, com potencial de aplicação na indústria alimentícia. Os resultados permitiram uma caracterização específica das farinhas, considerando as técnicas adotadas, e a possibilidade do seu uso como adjunto tecnológico.