Probióticos na COVID-19, uma provável alternativa para o tratamento de infecções respiratórias através da modulação da microbiota: Uma Revisão Sistemática.
coronavírus; microbiota intestinal; infecção viral; infecções respiratórias; probióticos.
O novo coronavírus (SARS-CoV-2) é o agente causador da nova pandemia global, que já resultou em milhões de mortes, afetando a saúde e a economia mundial. A falta de terapias específicas requer outras estratégias para prevenir a incidência, recorrência e reduzir os sintomas dessa infecção respiratória viral até então desconhecida. Os probióticos são microrganismos vivos que, após administração oral, favorecem a saúde do indivíduo ao modular a composição da microbiota do trato gastrointestinal e respiratório. Dessa maneira, diferentes cepas probióticas únicas ou multivariadas vêm sendo estudadas a fim de esclarecer os mecanismos envolvidos na prevenção e tratamento de infecções respiratórias de origem viral. Portanto, esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar os efeitos antivirais e imunológicos pela terapia com microrganismos probióticos sobre a prevenção e tratamento de infecções respiratórias como aquelas causadas pelo SARSCoV-2 (COVID-19) por meio da análise dos resultados de ensaios clínicos publicados nos últimos 11 anos. Revisamos a literatura (junho de 2010 a junho de 2021) conforme os critérios PRISMA. Os resultados corroboram o pressuposto de que a suplementação de probióticos são capazes de reduzir a incidência e sintomas de infecções respiratórias, estando o desempenho relacionado através da utilização de cepas isoladas ou combinadas, assim como o tempo de administração. Ainda são escassos os ensaios publicados usando essa estratégia em pacientes com COVID-19, mas os ensaios estão em andamento. As estratégias são promissoras, mas precisam de mais evidências de estudos em pacientes com COVID-19 para explorar estratégias para reduzir essas consequências ocasionadas pelo agente viral.