Caracterização de compostos fenólicos mono e poliméricos em amostras de cacau
Metilxantinas , Compostos fenólicos , Theobroma cacao L. flavonoides
Este trabalho avaliou a influência de compostos fenólicos presentes no cacau na produção de cacau fino no Sul da Bahia. O estudo analisou oito amostras de mix de cacau provenientes de sete municípios no Sul da Bahia, previamente classificadas como amargas e adstringentes em outro estudo. As amostras classificada como amargas analisadas foram A: Ilhéus; B: Ibirapitanga ; C: Aurelino Leal; D: Ilhéus caracterizadas anteriormente sensorialmente como amostras amargas. Já as amostras E: Porto Seguro; F: Uruçuca; G Ilheus e H: Ilheus foram caracterizadas sensorialmente como amostras adstringentes. Os resultados demostraram que não há diferenças significativas na quantidade de ácido gálico presente nas amostras das diferentes fazendas. As amostras de cacau diferiram significativamente entre si quanto ao teor teobromina e cafeína (mg/g). As amostras das Fazendas A,B,C,e D, apresentou os valores mais altos de compostos fenólicos totais epicatequina, e metilxantinas cafeína e teobromina corroborando com a literatura que evidencia que a epicatequina constitui o fenol monomérico mais prevalente no cacau e que metilxantinas desempenham papel importante no amargor e adstringência. O teor de teobromina foi maior na variedade da fazenda C: Aurelino Leal; D: Ilhéus. Nas análises dos compostos fenólicos polimericos os dois componentes principais explicaram 89,01% da variabilidade total entre as amostras de cacau caracterizados fortemente pelos monômeros e dímeros. As avaliações químicas podem ser uma ferramenta estratégica para auxiliar os produtores de cacau na decisão quais variedades genéticas devem ser comercializadas como cacau fino, agregando valor ao produto e destacando variedades promissoras de cacau.