Banca de QUALIFICAÇÃO: MARTINHO GAMAS DINIS MARTINHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARTINHO GAMAS DINIS MARTINHO
DATA : 30/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Virtual
TÍTULO:

OCORRÊNCIA DE AFLATOXINAS B1, B2, G1 e G2 NA FARINHA DE MILHO PRODUZIDA EM MOÇAMBIQUE E SUA AVALIAÇÃO DE RISCO CARCINOGÊNICO


PALAVRAS-CHAVES:

Aflatoxinas; Farinha de milho; Risco carcinogénico; Moçambique, HPLC


PÁGINAS: 31
RESUMO:

Introdução: As aflatoxinas (B1, B2, G1 e G2) são compostos de bisfuranocumarinas produzidos por fungos do gênero Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus sob clima quente e húmido favorável, podendo contaminar cereais, incluindo o milho que é base da dieta em países africanos, a exemplo de Moçambique. São reconhecidos como grandes causadores de sérios problemas na saúde humana e animal. Na África Subsaariana as estimativas de exposição dietética às aflatoxinas superam os 100 ng/kg pc/dia. Em Moçambique, a maior incidência de câncer hepatocelular (CHC) relacionada a ingestão de AFB1 e excluídas outras causas foi de 17,7 casos/100.000 habitantes, sendo considerado um país com elavados casos de CHC. Objetivos: Verificar a ocorrência das principais aflatoxinas (B1, B2, G1 e G2) na farinha de milho produzida e comercializada em Moçambique e avaliar o risco carcinogénico devido ao seu consumo. Metodologia:  As amostras de farinha de milho (n=30)  produzidas e comercializadas na cidade de Nampula, Moçamabique, foram coletadas em cinco fábricas processadoras de farinhas, em três momentos. Os teores de aflatoxinas foram determinados por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) com detector de fluorescência após extração em colunas de imunoafinidade e derivatização com ácido trifluoroacético. A avaliação de risco carcinogênico foi baseada no cálculo da Margem de Exposição (MOE) para dois cenários distintos: homens e mulheres. Resultados: A média da umidade nas amostras coletadas foi 10,5% ± 0,79, variando de 9,1% a 12,2%. Foram  quantificadas todas as aflatoxinas em somente seis amostras (20%) , sendo que em 23,3% (n=7) delas tiveram contaminação de pelo menos duas ou três das aflatoxinas. Em 56,7% (n=17), os  teores das AFs estavam abaixo dos limites de detecção do método.  A contaminação por AFB1 variou de 0,27 a 0,36 µg/kg, e os teores de aflatoxinas totais variaram de 0,1 e 1,0 µg/kg, com média de 0,8 µg/kg. A MOE calculada para homens foi de 243 e para mulheres de 231, estando, portanto, muitas vezes abaixo do ponto de corte de risco negligenciável que é 10.000. Conclusões: O consumo da farinha de milho em Moçambique representa um risco carcinogênico elevadíssimo pela exposição às aflatoxinas devido sobretudo  ao alto consumo deste produto que é a  base da dieta na maioria dos países africanos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2181841 - JOSE ANTONIO MENEZES FILHO
Externa à Instituição - IZABELA MIRANDA DE CASTRO - EMBRAPA
Externo à Instituição - MIGUEL MACHINSKI JÚNIOR
Notícia cadastrada em: 03/03/2023 11:44
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