APROVEITAMENTO DE SUBPRODUTOS INDUSTRIAIS E ENCAPSULAMENTO DE PROBIÓTICOS PARA APLICAÇÃO EM PRODUTOS LÁCTEOS
Cupuaçu. Soro de leite. Microencapsulação. Nanoencapsulação. Probiótico encapsulado
Os produtos lácteos têm sido considerados um dos principais alimentos nutricionais da dieta humana. Neste cenário, o aumento da exigência dos consumidores tem pressionado as indústrias lácteas no desenvolvimento de novos produtos sustentáveis, e que ofereçam benefícios à saúde, além das funções nutricionais básicas. Isto tem levado ao crescimento de novas pesquisas, como a adição de produtos ricos em proteínas, amidos, pectina e compostos antioxidantes, através do aproveitamento de subprodutos agroindustriais (sementes e cascas em pó), assim como a adição de micro e nanocápsulas probióticas. Consequentemente, foi desenvolvida uma bebida láctea fermentada com adição de diferentes concentrações de pó (1,5%; 3%) e polpa (5%; 7,5% e 10%) de cupuaçu, avaliando os parâmetros nutricionais, físico-químicos, microbiológicos e sensoriais. Além disso, foi realizada uma revisão do uso de micro e nanoencapsulação de probióticos em produtos de origem animal, e com ênfase em leite e derivados, considerando as técnicas e materiais mais comumente utilizados neste processo. E por fim, foram desenvolvidas microcápsulas probióticas (Lactobacilus acidófilos) a partir do emprego da pó de cupuaçu. Foi constatado que a adição de cupuaçu em pó melhorou a qualidade nutricional, reduziu a sinergia, aumentou a capacidade de retenção de água e melhorou os atributos sensoriais como cor, consistência e firmeza. A polpa melhorou os parâmetros reológicos, especialmente o índice de consistência e a viscosidade aparente na bebida fermentada. Portanto, o desenvolvimento de uma bebida láctea com potencial funcional utilizando polpa e pó de cupuaçu como ingredientes é promissor em termos de qualidade físico-química, nutricional e microbiana. Por outro lado, no encapsulamento dos probióticos, foi constatado que o nanoencapsulamento tem limitações significativas em comparação ao microencapsulamento devido ao tamanho dos probióticos. Também foi encontrado que o encapsulamento dos probióticos melhora os parâmetros físico-químicos, sensoriais e microbiológicos, o que ajudou a prolongar a vida útil do produto devido à viabilidade probiótica. Além disso, foram produzidas microcápsulas do Lactobacilos acidófilos empregando farinha de cupuaçu na composição das cápsulas.