Banca de DEFESA: MARTA CRISTIANE FERREIRA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARTA CRISTIANE FERREIRA DOS SANTOS
DATA : 28/04/2022
HORA: 12:00
LOCAL: PPGSAT-UFBA
TÍTULO:

SOFRIMENTO PSÍQUICO ENTRE PESCADORES E MARISQUEIRAS DA BAHIA DE TODOS OS SANTOS E SANTIAGO DO IGUAPE/BA


PALAVRAS-CHAVES:

Pescadores artesanais; marisqueiras; Psicodinâmica do Trabalho; Sofrimento Psíquico; Prazer; Saúde do Trabalhador; Saúde mental; COVID-19; Pandemia


PÁGINAS: 183
RESUMO:

Introdução: A pesca artesanal é atividade milenar e no Brasil tem forte participação na economia extrativista desde o período colonial. O trabalho está na representação das sociedades pesqueiras como modo de vida, assim como o meio ambiente é a extensão dos processos sociais e culturais. Cerca de 1 milhão de pescadores e pescadoras artesanais ocupam territórios vulnerabilizados em condições de trabalho e de vida amalgamadas de sofrimentos negligenciados que se maximizam diante das injustiças sociais e ambientais. Objetivo: Este estudo objetiva compreender o fenômeno sofrimento psíquico percebido pelos Pescadores e Marisqueiras da Baía de Todos os Santos e de Santiago do Iguape/BA. Método: Pesquisa participante, de abordagem qualitativa à luz da hermenêutica. O arcabouço teórico é delineado pelo diálogo entre as bases conceituais das Ciências Sociais e da Psicodinâmica do Trabalho. A amostra em bola de neve foi composta por 10 entrevistas semiestruturadas a pescadores, marisqueiras e lideranças das comunidades no período de dezembro de 2019 a fevereiro de 2021. Realizou-se observações e acompanhamentos aos processos de trabalho sintetizados em diários de campo. Resultados: A pesquisa divide-se em dois artigos. O primeiro intitulado “Sofrimento psíquico em comunidades de pescadores artesanais da Baía de Todos os Santos” revela os sofrimentos percebidos pelos trabalhadores como sensações traduzidas entre o medo, tristeza e angústia. A busca do prazer como estratégia de enfrentamento relaciona-se à preservação da identidade cultural, cujas especificidades traduzem um modo de ser e estar no mundo, atualmente ameaçado. O segundo artigo denominado de “Trabalho, sofrimento e prazer de pescadoras artesanais em tempos de pandemia da COVID-19”, revela a díade prazer-sofrimento presente na trajetória identitária das mulheres das águas em constante ressignificação dos aspectos subjetivos do trabalho como forma de (re) existir. Conclusão:  O estudo expõe o sofrimento psíquico, banalizado pelas políticas públicas e só percebido pelo trabalhador da pesca artesanal quando este já não pode ser transformado em respostas criativas. Expostos a riscos diferenciados à COVID-19, os processos de tensão em que passam os pescadores artesanais em tempo de pandemia dificultam o trabalho coletivo fonte de prazer, assim como de vivenciarem outras fontes de prazer reguladoras na elaboração do sofrimento patogênico em alegrias expressas. Os prazeres chegam com as práticas colaborativas em busca de soluções para a fome e interrupção do ciclo de contaminação. A alteridade domina as ações coletivas cravada na cooperação e reconhecimento entre os pares movidas pela inteligência prática no cotidiano de vida e trabalho.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 3349287 - ANA ANGELICA MARTINS DA TRINDADE
Interno - 132.642.735-00 - PAULO GILVANE LOPES PENA - UFBA
Externa à Instituição - VALÉRIE GANEM
Notícia cadastrada em: 25/04/2022 09:01
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