PPGECOTAV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA: TEORIA, APLICAÇÃO E VALORES (PPGECOTAV) INSTITUTO DE BIOLOGIA Telefone/Ramal: (00) 00000-0000

Banca de DEFESA: CAROLINE TITO GARCIA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAROLINE TITO GARCIA
DATA : 18/02/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE ABELHAS E VESPAS (HYMENOPTERA, ANTHOPHILA) QUE NIDIFICAM EM CAVIDADES PREEXISTENTES AO LONGO DE UM GRADIENTE DE URBANIZAÇÃO NA CIDADE DE SALVADOR E REGIÃO METROPOLITANA, BAHIA, BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

abelhas solitárias, vespas solitárias, ninhos-armadilha, modificações antrópicas, Centris (Heterocentris) bicornuta
KEYWORDS: solitary bees, solitary


PÁGINAS: 52
RESUMO:

Durante os últimos 50 anos, a urbanização assumiu novas formas de desenvolvimento e teve seu ritmo acelerado devido ao aumento da população urbana e dos ambientes construídos, contribuindo para modificações irreversíveis nos ecossistemas, paisagens e biosfera. O entendimento de como as modificações constantes na paisagem urbana afetam a biodiversidade local, especialmente, como a abundância e riqueza das espécies são alteradas nesses ambientes, tem sido um dos maiores desafios para os pesquisadores que trabalham na área de conservação. Abelhas e vespas solitárias que nidificam em cavidades preexistentes são conhecidas por serem bioindicadoras sensíveis às mudanças ambientais, além de possuírem grande importância na conservação ambiental. Com base nisso, analisamos o efeito da intensidade da urbanização sobre a composição, riqueza, taxa de parasitismo, mortalidade e emergência de machos e fêmeas das comunidades de abelhas e vespas solitárias que nidificam em cavidades preexistentes dentro de um gradiente de paisagens urbanas e naturais na cidade de Salvador e Região Metropolitana, na Bahia, Brasil. Ninhos-armadilhas foram instalados em 24 pontos amostrais ao longo do perímetro urbano e periurbano de Salvador e Região Metropolitana, com raio de 1 km analisados em relação à estrutura da paisagem em cada ponto amostral, e com estimativa da percentagem de cobertura impermeável. De um total de 36.720 ninhos-armadilha disponibilizados em campo, 879 ninhos foram ocupados por abelhas (n= 350) e vespas (n= 529). Dos ninhos ocupados pelas abelhas e vespas, um total de 3899 indivíduos emergiram, contabilizando 1501 abelhas, 2257 vespas e 197 outros inimigos naturais que emergiram dentro dos ninhos ocupados pelas abelhas e vespas. Os resultados levantados suportam parcialmente nossa hipótese de que a urbanização exerce influência negativa, atuando como um fator limitante sobre as comunidades de vespas e abelhas solitárias que nidificam em cavidades preexistentes, com menor diversidade e taxas de parasitismo registradas em áreas com os níveis mais altos de urbanização, no entanto, a abundância de ninhos, a taxa de mortalidade e de emergência de fêmeas e machos parecem não ser diretamente influenciadas pela urbanização, sugerindo que outros fatores estariam modulando suas respostas, como a disponibilidade de recursos alimentares, como fontes florais para as abelhas e de presas para as vespas. Observamos ainda uma ação temporal dos impactos resultantes da urbanização nas comunidades desses insetos. Essas questões sugerem que, para capturar os efeitos reais da urbanização sobre as comunidades de insetos que nidificam em cavidades preexistentes, são necessárias observações a longo prazo para documentar mudanças temporais e sazonais nos inventários de espécies ao longo do tempo. Para uma visão mais completa dos efeitos da urbanização nas comunidades de vespas e abelhas, métodos de amostragem complementares devem ser encorajados em estudos futuros.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1720684 - FAVIZIA FREITAS DE OLIVEIRA
Interna - 3246008 - JULIANA HIPOLITO DE SOUSA
Externo à Instituição - FRANCIÉLLI CRISTIANE GRUCHOWSKI WOITOWICZ
Notícia cadastrada em: 21/02/2022 17:26
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