PPGECOTAV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA: TEORIA, APLICAÇÃO E VALORES (PPGECOTAV) INSTITUTO DE BIOLOGIA Telefone/Ramal: (00) 00000-0000

Banca de DEFESA: VERENA HENSCHEN MEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VERENA HENSCHEN MEIRA
DATA : 17/02/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Instituto de Biologia da UFBA
TÍTULO:

Onda de calor altera mudança de fase em recifes de coral


PALAVRAS-CHAVES:

mudança de regime; resiliência; estabilidade; estado alternativo


PÁGINAS: 60
RESUMO:

A mudança de fase é caracterizada por uma alteração abrupta na estrutura de uma comunidade em resposta a um distúrbio que seja capaz de romper a resistência do sistema, podendo levá-lo ao colapso. Este fenômeno foi reconhecido em diversos ecossistemas e vem preocupando os cientistas há meio século que apontam as atividades humanas como causadoras da mudança de fase na maior parte dos estudos. Contudo, as reações das comunidades em mudança de fase à distúrbios antrópicos vêm sendo negligenciadas pela comunidade acadêmica. Nas últimas décadas, ondas de calor resultantes das mudanças climáticas têm se tornado cada vez mais frequentes e intensas, afetando especialmente os recifes de coral. Como resultado, eventos de branqueamento de corais em massa estão se tornando cada vez mais recorrentes, sendo reconhecidos como a principal causa do declínio dos ecossistemas recifais em escala global. Em 2019, uma onda de calor sem precedentes atingiu os recifes de coral da Baía de Todos os Santos (BTS) causando branqueamento em masa de corais numa intensidade nunca registrada em uma série histórica de 34 anos. No presente trabalho, nós analisamos os efeitos deste evento sobre a resistência dos recifes da BTS em mudança de fase para a dominância do zoantídeo Palythoa cf variabilis. Utilizando dados de cobertura bentônica de 2003, 2007, 2011, 2016, 2017 e 2019, analisamos 6 recifes da BTS: 3 normais e 3 em mudança de fase. Para cada recife, estimamos cobertura de coral, de zoantídeos, de P. cf variabilis e de Palythoa caribaeorum e o branqueamento de corais e de P. cf variabilis para cada recife em porcentagem. Até o branqueamento em massa de 2019, a cobertura de corais em recifes normais apresentou queda enquanto a cobertura de zoantídeos não se alterou, porém, houve queda na cobertura de zoantídeos em recifes em mudança de fase após a onda de calor. Nossos resultados indicam que a resistência da comunidade recifal em mudança de fase foi quebrada, levando à alteração de sua estrutura. Nosso trabalho revelou que os recifes em mudança de fase foram mais suscetíveis ao distúrbio da onda de calor do que os recifes normais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2997144 - IGOR CRISTINO SILVA CRUZ
Interno - 1576452 - RICARDO DOBROVOLSKI
Externo à Instituição - GUILHERME ORTIGARA LONGO - UFRN
Notícia cadastrada em: 24/01/2020 13:24
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA