PPGECOTAV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA: TEORIA, APLICAÇÃO E VALORES (PPGECOTAV) INSTITUTO DE BIOLOGIA Telefone/Ramal: (00) 00000-0000

Banca de DEFESA: SORAYA CARVALHEDO HONORATO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SORAYA CARVALHEDO HONORATO
DATA : 22/07/2024
HORA: 13:00
LOCAL: On line. Google meet
TÍTULO:

A INFLUÊNCIA DOS CONTEXTOS LOCAL E DA PAISAGEM NOS PADRÕES DE HERBIVORIA E PREDAÇÃO EM SERINGAIS DO SUL DA BAHIA, BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Mata Atlântica. Seringueira. Cobertura florestal. Herbivoria. Manejo de Sub-bosque. Paisagem. Efeito de Escala da Paisagem.


PÁGINAS: 88
RESUMO:

O Brasil produz 36% do látex consumido no mercado nacional, sendo a Bahia o quarto maior produtor. No sul da Bahia, região da Mata Atlântica e também produtora de borracha natural, as seringueiras têm sido afetadas por pragas, sendo as mais recentes o percevejo-de-renda (Leptopharsa heveae), capaz de reduzir a produção de látex em 40%, e a lagarta mandarová Erynnis ello que desfolha até 90% das seringueiras em poucos dias. Foi objetivo deste estudo investigar, nesta região, se houve o efeito do manejo do sub- bosque sob os padrões locais de dano foliar e produção de borracha. Ainda, através de um experimento com moldes de lagartas, foi objetivo investigar se o manejo deste sub-bosque e os atributos da paisagem, como distância de remanescentes, tiveram efeito na taxa de predação de herbívoros da seringueira. Na primeira fase, nós investigamos se os tipos de manejo do sub-bosque influenciaram na quantificação do dano foliar e na produção de borracha em três tratamentos: sistema agroflorestal de seringueira com cacau; sub-bosque intensamente manejado; e sub-bosque pouco manejado. Na segunda fase, avaliamos o efeito desses três manejos do sub-bosque na frequência de eventos de predação de lagartas falsas. Nesta abordagem experimental com predação, nós avaliamos se a distância e a cobertura florestal tiveram influência na taxa de predação dos diferentes inimigos naturais. Através da seleção de modelos pelo critério de Akaike, mostramos que 1. houve redução do dano foliar no tratamento com sub-bosque pouco manejado, sem efeito negativo na produção da borracha e 2. a taxa de predação dos artrópodes foi afetada positivamente pela baixa intensidade do manejo do sub-bosque; e a distância da plantação para um remanescente florestal afetou a pressão de predação pela comunidade de predadores e por mamíferos ocorrendo em escalas distintas: positiva na taxa de predação pela comunidade de predadores (2500 m) e negativa na taxa de predação por mamíferos (500 m). Nossos resultados indicam que a baixa intensidade do manejo nas plantações de seringueira poderia atender a demanda de produção de borracha e, simultaneamente, a conservação da biodiversidade. Deste modo, confirmamos a hipótese de que o manejo de baixa intensidade no sub-bosque reduziu a pressão de herbivoria nas folhas da seringueira. Também demonstramos que o controle biológico de pragas depende das interações entre os artrópodes herbívoros e diferentes predadores, e suas respostas podem variar em diferentes escalas espaciais. O controle biológico de pragas naquela região de estudo foi mais impactado pela intensidade do manejo local em comparação à distância de floresta. E a quantidade de floresta não teve efeito no controle biológico nas distâncias que medimos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.745.205-** - DEBORAH MARIA DE FARIA - UNICAMP
Interno - 1576452 - RICARDO DOBROVOLSKI
Externa à Instituição - LARISSA ROCHA SANTOS - UESC-BA
Externo à Instituição - RICARDO ILDEFONSO DE CAMPOS - UFV
Externo à Instituição - RICARDO SIQUEIRA BOVENDORP - UESC
Notícia cadastrada em: 13/09/2024 08:19
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