PPGECOTAV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA: TEORIA, APLICAÇÃO E VALORES (PPGECOTAV) INSTITUTO DE BIOLOGIA Telefone/Ramal: (00) 00000-0000

Banca de DEFESA: JANE LARISSA DE MELO CUSTÓDIO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JANE LARISSA DE MELO CUSTÓDIO
DATA : 27/11/2023
HORA: 08:00
LOCAL: webconferência
TÍTULO:

Efeitos da criação em laboratório no comportamento sexual da mosca-das-frutas Ceratitis capitata (Wiedemann) (Diptera: Tephritidae)


PALAVRAS-CHAVES:

tefritídeos; emissão de feromônio; comportamento de corte; sucesso de acasalamento; análise de vídeo; Técnica do Inseto Estéril.


PÁGINAS: 44
RESUMO:

A mosca-das-frutas Ceratitis capitata (Wiedemann) (Diptera: Tephritidae) é uma praga agrícola de grande relevância econômica, responsável por consideráveis danos à fruticultura mundial e brasileira. Essa espécie é amplamente colonizada em condições artificiais, tanto em laboratórios de pesquisa como em biofábricas que implementam técnicas de controle populacional. No entanto, a criação em condições artificiais por muitas gerações pode provocar mudanças deletérias nas características comportamentais de moscas-das-frutas mantidas em laboratório quando comparadas com seus coespecíficos selvagens. Neste trabalho, com o objetivo de investigar a influência da criação em laboratório no comportamento sexual de machos da espécie C. capitata, realizamos uma comparação entre a performance comportamental de moscas criadas em laboratório e moscas selvagens. Nossa metodologia consistiu na realização de testes em laboratório para obtenção do padrão temporal de emissão de feromônio; filmagens do comportamento de corte para análise do tamanho da corte e dos parâmetros referentes à sequência, frequência e duração das unidades comportamentais; e testes de escolha de parceiro para avaliação do sucesso de acasalamento, latência e duração da cópula. Nossos resultados apontam (1) similaridades no padrão de emissão de feromônio entre as populações; (2) menor frequência de comportamentos associados a movimentos ou posições corporais (Mobile, Flying e Stationary) e limpeza (Grooming) em machos de laboratório; (3) menor tamanho da corte em machos de laboratório; (4) maior sucesso de acasalamento em machos de laboratório e (5) similaridades entre as rotinas comportamentais de corte mais prováveis de contribuírem para a cópula. Considerando as diferenças encontradas entre as populações, nossos resultados indicam que os efeitos da criação em laboratório predominaram no âmbito quantitativo do comportamento. Qualitativamente, os machos da linhagem de laboratório não perderam nenhum dos comportamentos exibidos pelos machos selvagens, nem os desempenharam de forma diferente. Esses achados são relevantes não só para a ecologia comportamental, mas também para a ecologia aplicada, uma vez que técnicas de controle populacional baseadas no comportamento, como a Técnica do Inseto Estéril, dependem fortemente da interação de indivíduos criados em condições artificiais com indivíduos selvagens no campo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1228289 - IARA SORDI JOACHIM BRAVO
Externa à Instituição - MARIA APARECIDA CASTELLANI - UESB
Externa à Instituição - VANESSA SIMÕES DIAS DE CASTRO
Notícia cadastrada em: 23/11/2023 16:18
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