PPGECOTAV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA: TEORIA, APLICAÇÃO E VALORES (PPGECOTAV) INSTITUTO DE BIOLOGIA Telefone/Ramal: (00) 00000-0000

Banca de DEFESA: ANA CAROLINA SALA SOUSA SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CAROLINA SALA SOUSA SANTOS
DATA : 24/11/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

Diluição trófica dos elementos terras raras em uma cadeia alimentar estuarina


PALAVRAS-CHAVES:

bioacumulação, transferencia trófica, Baia de Todos os Santos


PÁGINAS: 34
RESUMO:

Os elementos terras raras (REE) são um grupo que inclui os lantanídeos, o ítrio (Y) e o escândio (Sc). Os REE são essenciais para o desenvolvimento de tecnologias modernas, sendo amplamente empregados em tecnologias limpas, dispositivos eletrônicos, medicina, agricultura e pecuária. A demanda pelos REE tende a aumentar nos próximos 25 anos devido à sua crescente utilização em tecnologias de descarbonização. A principal fonte natural de REE para o meio ambiente é o intemperismo da crosta continental. No entanto, à medida que a sua utilização aumenta, também aumenta a sua liberação no ambiente devido as atividades antrópicas. Pesquisas recentes demonstraram que a utilização antropogênica está alterando a abundância natural de REE no meio ambiente. No entanto, faltam estudos sobre o destino, a bioacumulação, a toxicidade e a dinâmica dos REE na cadeia alimentar, dificultando a estimativa de potenciais riscos humanos e ecológicos. Neste trabalho coletamos componentes abióticos e da cadeia alimentar em um sistema estuarino impactado para avaliar a transferência trófica e o destino dos REE. REE foram quantificados em sedimentos, material particulado em suspensão (SPM) e em organismos de diferentes níveis tróficos. As maiores concentrações do somatório dos REE (ΣREE) foram encontradas em sedimentos (180 ± 4,24 mg kg-1) e SPM (163 ± 12,6 mg kg-1). Fitoplâncton (45,7 ± 5,31 mg kg-1), perifíton (51,6 ± 1,81 mg kg−1) e zooplâncton (68,5 ± 1,27 mg kg−1) são as principais fontes de exposição e transferência de REE para a cadeia trófica. As concentrações de ΣREE foram várias ordens de magnitude mais baixas em bivalves, crustáceos e peixes (6,01 ± 0,11, 1,22 ± 0,18 e 0,059 ± 0,003 mg kg−1, respectivamente) do que no plâncton. O ΣREE diminuiu ao longo da cadeia trófica, indicando que REE estão sujeitos a diluição trófica. Nosso estudo sugere que é improvável que o consumo de frutos do mar seja uma importante fonte de REE para humanos. No entanto, dada as inúmeras fontes de introdução dietética de REE, as mesmas devem ser monitoradas para um possível efeito cumulativo prejudicial. Este estudo fornece novas informações importantes sobre as concentrações dos REE, padrões e transferência trófica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1522396 - VANESSA HATJE
Interno - 1522389 - FRANCISCO CARLOS ROCHA DE BARROS JUNIOR
Externa à Instituição - LARISSA PINHEIRO COSTA - UFPel
Externa à Instituição - TATIANE COMBI - UFPR
Externo à Instituição - TRISTAN CHARLES ROUSSEAU - UFC
Notícia cadastrada em: 23/11/2023 16:18
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