Distribuição e coocorrência deRattus spp. and Didelphis em favelas de Salvador
Reservatórios patogênicos; animais sinantrópicos; controle de roedores; ecologia urbana;
As condições ecológicas geradas pelo homem no processo de urbanização favorecem a fauna sinantrópica que, utilizando os recursos dessas áreas, interage com populações humanas causando prejuízos significativos de ordem ambiental, econômica e para saúde pública. Apesar de percebermos a coexistência de ratos (Rattus spp.) e sariguês (Didelphis spp.) no ambiente urbano, não sabemos quais variáveis regulam tal fenômeno, de que forma estes animais competem e como essa competição afeta suas respectivas distribuições nesses locais. Aqui objetivamos caracterizar a coocorrência de ratos e sariguês, bem como seus fatores ambientais associados em favelas urbanas. O estudo foi realizado ao longo de 2 períodos sazonais em 2018, onde amostramos 160 pontos distribuídos em 4 comunidades de baixa renda em Salvador. Houveram 130 eventos de captura de Rattus spp. e 203 de Didelphis spp., com um esforço amostral de 1687 armadilhas/noite. Observamos 24 eventos de co-ocorrência ao longo das amostragens. Mediante modelos lineares generalizados mistos e abordagem de multi-modelos, propusemos modelos ambientais para a presença de ratos, sariguês e suas coocorrências em ambiente urbano. Por fim, identificamos características ambientais comuns a estes eventos e discutimos como tais implicações podem auxiliar na construção de estratégias efetivas de controle de roedores e preservação de espécies nativas sinantrópicas.