PPGECOTAV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA: TEORIA, APLICAÇÃO E VALORES (PPGECOTAV) INSTITUTO DE BIOLOGIA Telefone/Ramal: (00) 00000-0000

Banca de DEFESA: ELAINE CARDOSO SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELAINE CARDOSO SANTOS
DATA : 31/10/2022
HORA: 14:00
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/henrique-batalha-filho-2
TÍTULO:

Variação geográfica das vocalizações de Attila rufus (Aves: Passeriformes)


PALAVRAS-CHAVES:

Capitão de saíra, suboscine, variação do canto, adaptação acústica, seleção ecológica


PÁGINAS: 52
RESUMO:

As vocalizações emitidas pelas aves são classificadas como canto ou chamado, e estão frequentemente associadas a escolha de parceiros, defesa de território e alarmes. Sendo um meio de reconhecimento intraespecífico, a variação na vocalização das aves pode atuar como barreira pré-zigótica e atuar no processo de especiação. A maior parte da informação que possuímos sobre a variação vocal das aves advém de estudos com aves que aprendem seu canto, os oscines. Neste estudo, avaliamos a variação geográfica de dois tipos de vocalizações (canto (dawn song) e chamado (day song) de Attila rufus, tiranídeo endêmico da Mata Atlântica brasileira, que  apresenta duas subespécies descritas com base no padrão de coloração da plumagem. Deste modo, nosso estudo teve o interesse em responder as seguintes questões: (i) Existe variação geográfica em day e dawn song para Attila rufus? Em caso positivo, ela apresenta padrões diferentes entre as duas vocalizações? (ii) A variação vocal está correlacionada aos efeitos da seleção ecológica (vegetação e clima) e/ou à deriva (isolamento por distância)?; (iii) As subespécies de Attila rufus exibem diferenciação vocal? Os resultados das análises descriminantes não revelaram estrutura acústica para o espaço multivariado que corroborasse as espécies descritas, concordando com a ausência de estrutura populacional anteriormente exibida por estudos moleculares.  Apenas dois parâmetros da terceira nota de day song exibiram relação significativa com o habitat, mais precisamente a variação da temperatura, corroborando com a hipótese da adaptação acústica. Nossos resultados indicam: (i) variação vocal similar entre as subespécies, sem assinatura vocal distinta; (ii) habitat e distância geográfica não explicam de forma significativa a variação vocal em A. rufus; (iii) entre as variáveis do habitat, apenas temperatura exibiu efeito em parâmetros espectrais restritos. Sugerimos que analises de variação de plumagem ao longo da distribuição da espécie sejam realizadas para se confirmar ou rejeitar o padrão aqui observado.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2048980 - HENRIQUE BATALHA FILHO
Externo ao Programa - 1349793 - MARCELO FELGUEIRAS NAPOLI - UFBAExterno à Instituição - ALEXANDRE MENDES FERNANDES - UFRPE
Notícia cadastrada em: 07/11/2022 15:46
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