Banca de DEFESA: TEOFANES DE ASSIS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TEOFANES DE ASSIS SANTOS
DATA : 27/02/2020
HORA: 16:30
LOCAL: Sala 01 do Instituto de Saúde Coletiva
TÍTULO:

Itinerários terapêuticos de pessoas com câncer colorretal em tempos de medicina personalizada: Um estudo sobre o acesso e tratamento da doença em Salvador- BA


PALAVRAS-CHAVES:

Câncer colorretal; itinerários terapêuticos; Medicina Personalizada; Acesso.


PÁGINAS: 97
RESUMO:

O câncer colorretal (CCR) é o 3º tipo de neoplasia mais comum no Brasil. A estimativa de novos casos de câncer colorretal para o ano de 2019 é de 36.360, segundo o Instituto do Câncer (INCA). Este tipo de neoplasia é mais incidente em pessoas com idade acima dos 50 anos, razão pela qual a recomendação para o rastreamento clínico se dá a partir dessa idade. O tratamento do CCR que até a década de 90 era unicamente cirúrgico tem mudado a partir da incorporação de novas biotecnologias e abordagens clínicas, como a Medicina Personalizada ou de Precisão. Nesse sentido, esse estudo teve como objetivo analisar os itinerários terapêuticos de pessoas com câncer colorretal cujos tratamentos estão sendo realizados em centros oncológicos públicos, privados do município de Salvador, buscando identificar as principais dificuldades/facilidades para acessar o diagnóstico e o tratamento incluindo o acesso às novas tecnologias genômicas. Nesse estudo qualitativo foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dez participantes, sendo cinco usuários do serviço público e cinco de em serviço privado considerado de excelência na Bahia. Foi utilizada a técnica de análise de conteúdo temático de Bardin. Os resultados apontam que, embora as tecnologias para o diagnóstico e tratamento do câncer colorretal tenham evoluído, os usuários do serviço público têm dificuldades básicas que os fazem peregrinar para acessar recursos essenciais em saúde, em contraposição a agilidade encontrada pelos usuários da rede privada. As principais dificuldades encontradas pelos usuários do sistema público de saúde para o diagnóstico e tratamento estão relacionadas ao transporte, alimentação, acesso a médicos especialistas e a exames complementares. Os resultados indicam que a presença de mediadores e redes sociais bem consolidadas, formadas por familiares, amigos e vizinhos são importantes para o enfrentamento das situações adversas nos processos de busca por cuidado e como forma de minimizar e de resistir às dificuldades e vulnerabilidades entre aqueles pertencentes aos grupos sociais menos favorecidos. O diagnóstico de CCR se caracterizou como um momento disruptivo nas biografias dos participantes do estudo, independente do tipo de inserção nos serviços de saúde, no entanto, sua associação imediata com o sofrimento foi mais presentes entre os usuários da rede pública. O afastamento do trabalho foi a principal ruptura observada nas trajetórias dos participantes desse estudo. Mudanças corporais, nos padrões alimentares e das necessidades biológicas contribuíram para o aumento do isolamento e a elaboração de estratégias que evitassem situações de estigma social. O processo de escolha do tratamento foi marcado por decisões complexas relacionadas não somente com a dimensão material, mas também àquelas relacionadas com os valores e crenças tecidas na interação individual-coletiva.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1433789 - JORGE ALBERTO BERNSTEIN IRIART
Externo à Instituição - TATIANA ENGEL GERHARDT
Externo ao Programa - 1156259 - YEIMI ALEXANDRA ALZATE LOPEZ
Notícia cadastrada em: 18/02/2020 13:34
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