Banca de DEFESA: FILIPE MATEUS DUARTE SIMÕES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FILIPE MATEUS DUARTE SIMÕES
DATA : 19/08/2019
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do Instituto de Saúde Coletiva
TÍTULO:

Eu chego catando gente: análise de narrativas de jovens gays sobre a busca por cuidados após a descoberta da infecção por HIV, em Salvador, Bahia


PALAVRAS-CHAVES:

Jovens; HIV/aids; Cuidado contínuo do HIV; Relacionamentos; Tecnologias


PÁGINAS: 128
RESUMO:

No Brasil, nos últimos 10 anos, tem-se desenhado um quadro de crescimento de casos de HIV/aids entre jovens, com incremento da taxa de detecção, principalmente, entre jovens gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH). Também nos últimos anos, a referência às novas tecnologias de prevenção e de tratamento vem produzindo impactos na história natural da infecção por HIV e nas narrativas de jovens e demais pessoas vivendo com HIV. Na 4ª década da epidemia de HIV/aids, esses elementos têm possibilitado a gestão médica completa e a “normalização” clínica do HIV, pressupondo que este se constitua como uma parte regular da saúde e das relações sociais. O presente trabalho tem como principal escopo compreender aspectos das trajetórias de jovens gays após a descoberta de suas sorologias positivas para HIV. Para esse fim, foram conduzidas entrevistas narrativas com 14 jovens gays que receberam diagnóstico em 2016, no âmbito de um inquérito epidemiológico realizado na cidade de Salvador-Bahia. Nessa direção, serão discutidas as formas como esses jovens passam a construir suas relações cotidianas a partir do HIV, bem como as repercussões no processo de busca por um serviço de saúde e o processo do cuidado contínuo do HIV. Para alguns jovens, a partir da descoberta da nova condição sorológica, o cotidiano será habitado por uma porção de “ingredientes”, como os desafios no campo do trabalho e da família, a expectativa de um “amor correspondido” ou mesmo de uma “transa casual” que supere a presença (secreta ou revelada) do HIV, bem como será vivenciado com a presença de obstáculos individuais, coletivos e programáticos à manutenção do seu cuidado à saúde. Assim, mesmo em tempos de “normalização” da aids, o cotidiano vivenciado após esse evento não se dará de maneira uniforme para todos, já que revelar ou manter em segredo a sorologia pode ser um desafio, um processo complexo ao longo do qual presentifica-se o medo da rejeição, a ideia de culpa e o sentimento de vergonha, na medida em que o estigma, o preconceito e a discriminação ainda justificam dificuldades.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2331872 - LUIS AUGUSTO VASCONCELOS DA SILVA
Interno - 1681913 - MARCELO EDUARDO PFEIFFER CASTELLANOS
Interno - 130.340.735-34 - MARIA INES COSTA DOURADO - UFBA
Externo à Instituição - VERIANO DE SOUZA TERTO JUNIOR
Notícia cadastrada em: 16/08/2019 10:57
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