RITMOS E RAÍZES: O REPERTÓRIO DO BAIÃO NO CORAL ESCOLAR COMO INSTRUMENTO DE VALORIZAÇÃO CULTURAL
Ensino de Música, Baião, Cultura Nordestina, Canto Coral, Ritmos Nordestinos, Repertório.
Este estudo teve o objetivo de abordar o ensino da música a partir da prática do Canto Coral para alunos do ensino médio, com idades entre 14 e 17 anos. O campo de pesquisa foi o Colégio Estadual Professor Nadir Araújo Copec. A escola pertence ao município de Camaçari e situa-se no bairro de Arembepe, litoral norte do Estado. Este presente trabalho se propôs a explorar performances do Canto Coral, utilizando diferentes abordagens interpretativas, estilos vocais e arranjos, voltados para os alunos matriculados nas oficinas de Canto Coral. O objetivo era que os alunos (participantes da investigação) identificassem o Baião, termo que usarei como referência durante meu trabalho, enquanto ritmo, gênero musical e dança. Essa atividade não teve pretensão de que o Baião se tornasse parte do gosto musical deles, mas que pudessem, ao ouvir, remeter à cultura nordestina e suas regiões. O trabalho visou propor algumas reflexões sobre a capacidade de que um repertório voltado ao Baião pode potencializar esse aprendizado, aproximando de algumas tradições que, para alguns, podem ser desconhecidas. O conteúdo musical não foi baseado na leitura de partituras ou qualquer método musical formal, e sim, na escuta ativa, na repetição, na imitação, na corporeidade e nas vivências pessoais, formas de conhecimento presentes nas manifestações populares. Esta abordagem contribui para destacar sua relevância para a valorização da cultura regional e para a formação integral dos estudantes do ensino médio. Para esta proposta pedagógica, a sequência didática contempla cinco semanas com três horas semanais, num total de quinze horas-aulas. E, como resposta aos processos da pesquisa, foram elaborados arranjos para Canto Coral baseados nas melodias originais e a sua aplicabilidade como ferramenta pedagógica.