Assédio Moral na Receita Federal do Brasil: uma análise das intervenções de prevenção e enfrentamento.
Assédio Moral, Prevenção e Enfrentamento, Serviço Público
Nas ultimas décadas, tem havido mais interesse acerca da discussão sobre o assédio moral, sua
prevenção e enfrentamento. Nesse contexto, a pesquisa tem como questão de partida: como se
caracterizam as estratégias institucionais de enfrentamento e prevenção adotadas pela Receita
Federal do Brasil e, a partir dessa caracterização, elegeu- se como objetivo geral propor uma
cartilha de prevenção ao assédio moral.Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, dado a
incipiência das investigações do tema na RFB. Como resultados da pesquisa obtiveram-se as taxas
de prevalência de assédio moral subjetiva de 17,36% e objetiva de 23,45%. Observou-se que os 5
atos hostis mais apontados pelos respondentes pertence a dimensão assédio profissional e à
categoria “Deterioração proposital das condições de trabalho”, confome classificação de
Hirygoyen (2017). A partir da caracterização sociodemográfica e socioprofissional constataramse
diferenças estatísticas significativas para “ocupante de cargo de chefia”, “cargos”, “estado civil”
e “escolaridade” indicando que não ocupantes de cargo de chefia, Terceirizados e Administrativos,
pessoas solteiras e com nível menor de escolaridade como ensino fundamental completo e ensino
superior cursando são os mais vulneráveis ao assédio moral na RFB. Pela análise das informações
das entrevista semiestruturada com os gestores e pesquisa documental concluiu-se que a RFB não
é omissa na questão do assédio moral, entretanto as práticas e estratégias adotadas são pontuais,
fragmentadas, descontextualizadas e desarticuladas não se constituindo estratégia clara e adequada
de prevenção e enfrentamento ao Assédio Moral no órgão. Sugere-se a realização de estudos
futuros comparativos explorando a realidade de outras organizações públicas.