Banca de DEFESA: ANA CAROLINA AMORIM DA PAZ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CAROLINA AMORIM DA PAZ
DATA : 03/06/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Salvador
TÍTULO:

"Fazer a vida” nas ruas do centro: das políticas de morte ao saber-fazer-viver e habitar a cidade


PALAVRAS-CHAVES:

Pessoas em situação de rua. Cotidiano. Habitar a cidade. Etnografia de/na rua.


PÁGINAS: 275
RESUMO:

Esta tese aborda alguns aspectos do modo como a vida nas ruas passa a ser percebida como recurso ou tentativa viável para um melhor viver na cidade, por meio de investigação antropológica etnográfica junto a homens e mulheres adultos que se encontram em “situação de rua” no centro da cidade de Cabedelo/PB. O que nos interessou aqui foi compreender uma determinada forma de inserção e relação com o espaço da rua que perpassa pelas possibilidades de viver e habitar a cidade, e não um segmento social específico. Para tanto, procurou-se identificar e caracterizar os tipos de vivências nas ruas do centro, a partir das particularidades do município, da dinâmica local, territorialidades, conflitos, interesses, práticas e interações cotidianas; elencando as principais percepções das pessoas acerca de suas experiências no mundo; e destacando em suas narrativas e trajetórias de vida as queixas de sofrimento, demandas, expectativas e motivações associados à insurgência desses corpos nas ruas da cidade. A partir disso, pretendeu-se identificar e analisar as agências, táticas e recursos para lidar com as adversidades ao longo da vida, e que revelam meios de resistência e insistência urbana na busca por um bem viver e habitar a cidade. Concomitantemente, enquanto objetivo específico, buscou-se fazer uma reflexão teórico-metodológica sobre o fazer etnográfico na pesquisa antropológica, especialmente no que tange o tema das vivências nas ruas. A partir dos dados etnográficos, observa-se que o “fazer a vida”, expressão empregada por um dos interlocutores, reportaria a um saber-fazer-viver inventivo, processual, singular e político, caracterizado por uma cadeia de movimentos táticos, utilizando-se do próprio corpo, elementos tangíveis e situações favoráveis, na tentativa de transformar e ultrapassar a condição de precariedade e políticas de morte em direção a novas experiências na cidade. A rua emerge aqui como lócus de produção de vida em ambiente de produção de morte. Desse modo, a ocupação dos espaços públicos por esses interlocutores dá a entender que se está reivindicando para si não só a cidade, mas reivindicando o próprio direito à vida.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2615598 - URPI MONTOYA URIARTE
Interna - 1708620 - ROSELENE CASSIA DE ALENCAR SILVA
Interno - 285259 - CARLOS ALBERTO CAROSO SOARES
Externo à Instituição - Gabriel Osmar Alvarez - UFAL
Externo à Instituição - MARCO AURÉLIO PAZ TELLA - UFPB
Notícia cadastrada em: 09/07/2024 15:24
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