Banca de DEFESA: LEONARDO SOUZA DE ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEONARDO SOUZA DE ALMEIDA
DATA : 09/07/2024
HORA: 14:30
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br/conference/rooms/jorge-de-souza-bispo/invite?show-suggestion=false
TÍTULO:

Análise contrafactual do desempenho das empresas de capital aberto listadas na B3: o efeito da crise da Covid-19 a partir dos estágios do ciclo de vida das empresas


PALAVRAS-CHAVES:

Desempenho organizacional; Estágios do Ciclo de Vida; COVID-19.


PÁGINAS: 134
RESUMO:

O desempenho organizacional é um fenômeno que vem sendo estudado há muitos anos. Algumas evidências, como as que afirmam que ele não é estático, que varia entre os períodos e as firmas já são pontos pacíficos, mas outras questões permanecem em aberto, suscitando aprofundamentos em novas pesquisas. É de interesse de investidores e pesquisadores das áreas de gestão e de finanças conhecerem, por exemplo, quais fatores influenciam o desempenho superior de uma firma frente a outras. Na literatura, o desempenho é um conceito que abarca muitas dimensões, ou seja, envolve muitas variáveis e componentes teóricos que podem ou não estar relacionados. De acordo com a literatura, diversos fatores internos ajudam a explicar a variabilidade do desempenho nas organizações, a exemplo do tamanho da firma, o setor em que ela atua, a sua estrutura e sua história. Adicionalmente, o estágio do ciclo de vida é uma das variáveis que pode afetar o desempenho, já que eles representam padrões de decisões que as organizações tomam em seu cotidiano. Para além disso, a performance das companhias é também afetada por fatores extrínsecos, como a situação econômica e política. As crises como guerras, pestes, secas e enchentes tem potencial de afetar as empresas. Neste sentido, a crise sanitária ocasionada pela COVID-19 transformou-se em uma crise econômica sem precedentes, o que acabou afetando diversos países e também diversas empresas. A forma como as firmas foram afetadas não foi homogênea. Por este motivo, diversos estudos têm buscado evidenciar tais efeitos, de modo a estabelecer padrões e demonstrar quais tipos empresariais foram mais ou menos suscetíveis à pandemia e quais variáveis são determinantes para o desempenho na pandemia. Como é um fenômeno recente, com desdobramentos ainda desconhecidos, ainda carece de mais pesquisas. Não existem, por exemplo, estudos que buscam mensurar efeito da pandemia no desempenho das firmas considerando os estágios do ciclo de vida. Neste sentido, este estudo teve como objetivo analisar os efeitos da pandemia da COVID-19 no desempenho das empresas de capital aberto listadas na B3, considerando os estágios do ciclo de vida. Trata-se, portanto, de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, delineado como uma pesquisa quase-experimental ex post facto. A amostra foi composta por 38 empresas não-financeiras listadas na B3. Os dados analisados foram coletados na plataforma do Refinitiv nos 48 trimestres de 2010 a 2021. A partir da coleta foram calculados os indicadores de desempenho e realizou-se a classificação quanto aos estágios do ciclo de vida para as firmas-ano utilizando o modelo de Dickinson (2011). Os dados pretéritos de 2010 a 2019 forneceram subsídios para a projeção do desempenho das empresas em um cenário sem pandemia, por meio de técnicas de análises de séries temporais na metodologia Box-Jenkins. Estes dados foram confrontados com os reais para os anos de 2020 e 2021, o que configura a análise contrafactual. Os resultados evidenciaram não houve impacto da pandemia no desempenho das empresas da amostra para os ECVS introdução e declínio. Demonstrou-se também que houve impacto positivo da pandemia no desempenho de empresas nos ECVS crescimento e maturidade e negativo no ECV turbulência, em um intervalo de confiança a 80%. Através da metodologia Box-Jenkins, as projeções mostraram que em um cenário não pandêmico o RPA. Dentre os ECVS, as empresas maduras tiveram desempenho destacável e positivo quando comparado aos demais ECVS. Além disso, houve impacto positivo no resultado das empresas maduras acima dos demais estágios do ciclo de vida na comparação entre o período pré-pandemia e após início da pandemia. Adicionalmente, evidenciaram desempenhos superiores em empresas do ECV introdução, crescimento e declínio, e negativo no ECV turbulência na comparação com 2019. Em geral, os resultados estão em linha com a literatura quanto à robustez e a resiliência de empresas maduras em detrimento dos demais ECVs.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - VICENTE PACHECO - UFPR
Interno - 1745267 - CESAR VALENTIM DE OLIVEIRA CARVALHO JUNIOR
Presidente - 1035734 - JORGE DE SOUZA BISPO
Interno - 1227504 - JOSE SERGIO CASE DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 04/07/2024 09:42
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