Banca de DEFESA: MARTHA CECILIA DIAZ RUIZ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARTHA CECILIA DIAZ RUIZ
DATA : 31/07/2017
HORA: 09:00
LOCAL: IGEO-UFBA/hibrida
TÍTULO:

O papel funcional dos principais peixes herbívoros nos recifes de corais da Bahia, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Função ecológica, Biodiversidade, Peixes herbívoros, Mudança de fase, Palythoa, Brasil


PÁGINAS: 90
RESUMO:

Os recifes de coral são considerados os ecossistemas marinos mais estruturalmente complexos e diversos. Estes ecossistemas estão sofrendo um declínio a longo prazo em termos globais, devido à diminuição da qualidade da água, à sobre-exploração, à alteração do habitat e às alterações climáticas. Uma abordagem no nível do sistema, considera a dinâmica do recife em termos de um ambiente em estado de não equilíbrio, mas com vários estados estáveis. Tipicamente, os grupos mais afetados são também aqueles que desempenham funções ecológicas fundamentais, como os peixes herbívoros. No contexto de sistema, a herbivoria pode ser entendida como sendo a soma dos impactos individuais de cada espécie de herbívoro. Assim, o foco deste estudo foi avaliar o papel das principais especies de herbivoros nos recifes de corais brasileiros, especificamente os Roving fishes, ou peixes errantes, e seus grupos funcionais (bioerodidores, raspadores e pastadores). Para isso, diferentes recifes de corais foram avaliados. Os recifes de corais da Baía de todos os Santos, que tem parte dos seus recifes dominados por zoantideo (Palythoa variabilis) e os recifes do Banco dos Abrolhos (recifes do arco interno e os recifes do Parcel dos Abrolhos), que são sujeitos a um gradiente de turbidez, devido a sua alta taxa de sedimentação. Assim, a comunidade de herbívoros errantes da Bahia de Todos os Santos diferiu dos recifes normais para os recifes com mudança de fase e em geral, as espécies observadas apresentaram maiores densidades e maiores taxas de mordida nos recifes normais do que nos recifes com mudança de fase, demonstrando este estudo que a herbivoria pode ser afetada pela a mudança de fase do zoantideo Palythoa variabilis. Para o Banco dos Abrolhos, a media e a variabilidade na turbidez foram maiores no Parcel das Paredes (recifes costeiros) do que no Parcel dos Abrolhos (recifes afastados). Foi observada uma variação temporal e espacial na estrutura da assembleia de peixes. O padrão de abundância vario de acordo com cada grupo funcional. Bioerodidores, raspadores e pastadores/detritivoros e donzelinhas apresentaram alta abundância em Lixa e Pedra Leste, os recifes costeiros mais turvos. Esses resultados sugerem que a abundância de peixes herbívoros nos recifes de Abrolhos reflete suas habilidades relativas para habitar em ambientes com alta sedimentação e conseqüente turbidez. Contrariamente, as abundancias os bioerodidores e pastadores foram geralmente maiores nos recifes offshore em comparação com recifes costeiros. Assim, possivelmente, alguns grupos são mais sensíveis à alta turvação e / ou sedimentação. É importante igualmene considerar que existem outros processos que influenciam as populações de peixes do recife no banco de Abrolhos, relacionado a processos antropogênicos (ex. pesca). Apenas cinco espécies de budião de corpo grande ocorrem no Brasil. Dada esta redundância funcional limitada, existe uma necessidade urgente de olhar para além da preservação da diversidade de espécies e focar a proteção de espécies-chave em grupos funcionais críticos se quisermos proteger e gerir os recifes de corais no futuro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1348177 - RUY KENJI PAPA DE KIKUCHI
Externa ao Programa - 3496547 - ELIZABETH GERARDO NEVES - UFBAExterna à Instituição - MARIA ELISABETH DE ARAUJO - UFPE
Externa à Instituição - LIANA DE FIGUEIREDO MENDES - UFRN
Externo à Instituição - MARCELO DE OLIVEIRA SOARES - UFC
Notícia cadastrada em: 11/04/2025 10:18
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