PPGECOTAV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA: TEORIA, APLICAÇÃO E VALORES (PPGECOTAV) INSTITUTO DE BIOLOGIA Telefone/Ramal: (00) 00000-0000

Banca de DEFESA: ALICE REIS DE BARROS E AZEVEDO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALICE REIS DE BARROS E AZEVEDO
DATA : 14/11/2024
HORA: 09:00
LOCAL: ON LINE
TÍTULO:

MARISMAS TROPICAIS COMO FACILITADORAS DO ESTABELECIMENTO DE PLÂNTULAS DE MANGUE


PALAVRAS-CHAVES:

Interações entre palntas, facilitação, competição, habitats costeiros, mudanças na vegetação, manejo costeiro


PÁGINAS: 104
RESUMO:

RESUMO EM PORTUGUÊS: 

As interações ecológicas moldam a biodiversidade e as respostas dos ecossistemas às mudanças climáticas. Compreender essas interações é crucial para desenvolver soluções baseadas na natureza (SBN) que promovam a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, como as restaurações de ecossistemas. A restauração se beneficia de interações positivas, como a facilitação, para seu sucesso. As marismas, vegetações costeiras, parecem facilitar o desenvolvimento de mangues nos limites latitudinais de sua distribuição. É esperado que marismas tropicais facilitem o estabelecimento de propágulos e plântulas de mangue, podendo ser utilizadas em projetos de restauração. Dessa forma, esta tese visa testar se marismas em ambientes tropicais facilitam o estabelecimento de plântulas de mangue através de três linhas de evidência: (I) revisão sistemática de estudos experimentais sobre interações entre vegetação de marisma e manguezal; (II) mapeamento das marismas em estuários tropicais e experimento mensurativo da abundância de propágulos e plântulas de mangue em marismas e habitats não vegetados; e (III) monitoramento da sobrevivência e crescimento de plântulas de mangue estabelecidas naturalmente em marismas tropicais ao longo de um ano. A revisão mostrou que marismas facilitam a retenção e estabelecimento de propágulos de mangue, mas competem com suas plântulas por recursos, reduzindo seu crescimento. As plântulas geralmente superam essa competição, exceto em condições climáticas extremas. A revisão também revelou que diferentes espécies de marismas têm efeitos variados na retenção de propágulos de mangue. Espécies com forma de grama retêm mais propágulos do que formas de suculenta, mas oferecem mais competição por recursos como a luz. Ambas retêm mais propágulos do que áreas sem vegetação. No segundo capítulo, foi explorada a distribuição das marismas nos três principais estuários tropicais na Baía de Todos os Santos, Bahia, e a presença de propágulos e plântulas de mangue associados à vegetação de marisma. Marismas do gênero Spartina foram encontradas exclusivamente na região euhalina dos estuários, com densidades e alturas inferiores às de altas latitudes. Já as plântulas e propágulos de mangue foram mais abundantes nas marismas do que em áreas sem vegetação. No terceiro capítulo, foi monitorada, ao longo de um ano, a sobrevivência e crescimento de plântulas de mangue que colonizaram naturalmente as marismas tropicais. Nesse período, 75% ou mais das plântulas sobreviveram, cresceram em altura e número de galhos, potencialmente atingindo a maturidade reprodutiva. O estudo mostrou que a presença de marismas tropicais é fundamental para a colonização de mangue na região euhalina do estuário, facilitando a retenção, estabelecimento e sobrevivência de propágulos e plântulas de mangue, oferecendo pouca competição devido à sua estrutura menos densa e menos alta do que as encontradas em alta latitude, podendo ser aproveitadas em projetos de restauração.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1522389 - FRANCISCO CARLOS ROCHA DE BARROS JUNIOR
Interno - 1248189 - GABRIEL BARROS GONCALVES DE SOUZA
Externa à Instituição - MARÍLIA CUNHA LIGNON - UNESP
Externo à Instituição - LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA GOMES - UFES
Externo à Instituição - ANDRÉ ROVAI
Notícia cadastrada em: 23/10/2024 15:50
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