Banca de DEFESA: CARLA TAIANA COINTEIRO BRESSY

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARLA TAIANA COINTEIRO BRESSY
DATA : 16/10/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório do Instituto de Saúde Coletiva
TÍTULO:

AÇÕES DE PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DA SÍFILIS CONGÊNITA: UM ESTUDO DE AVALIABILIDADE NUM MUNICÍPIO DO ESTADO DA BAHIA

PALAVRAS-CHAVES:

Sífilis Congênita. Infecções Sexualmente Transmissíveis. Diagnóstico Prénatal. Parceiro. Tratamento da Sífilis.

PÁGINAS: 93
RESUMO:

Problemática: A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível que pode ser transmitida por relações sexuais sem uso do preservativo ou de uma mulher para o feto. Assim, a Sífilis Congênita (SC) ocorre em consequência da disseminação hematogênica da bactéria na gestante infectada que, não tratada ou tratada inadequadamente, infecta o seu concepto, por via transplacentária, em qualquer fase da gravidez ou fase clínica da doença. Embora o diagnóstico e o tratamento sejam de fácil acesso e de baixo custo, este agravo continua sendo um problema de saúde pública. Verifica-se que existem municípios baianos que ultrapassam a média dos indicadores epidemiológicos do estado, a exemplo de Camaçari. A persistência de alta incidência da doença e de altas taxas de transmissão vertical indicam que a qualidade da assistência ofertada ou elementos externos à assistência à saúde precisam ser conhecidos e considerados. A hipótese da insuficiente participação do homem no pré-natal, e consequente pouca adesão ao tratamento, parece ser fator que contribui para a manutenção deste cenário. Assim, buscou-se responder sobre qual abordagem deve ser feita aos parceiros de gestantes com sífilis no pré-natal, e se esta contribui (ou não) para a prevenção da sífilis congênita. Objetivo: Assim este estudo realizou uma pré-avaliação das ações de prevenção da transmissão vertical da sífilis, com ênfase na abordagem ao parceiro sexual. Metodologia: estudo de avaliabilidade das ações de prevenção da transmissão vertical da sífilis com ênfase na abordagem ao parceiro sexual de mulheres diagnosticadas com sífilis no pré-natal, tendo como etapas: revisão de literatura e de documentos normativos sobre as ações de prevenção da transmissão vertical; a elaboração do modelo lógico do programa; entrevistas com usuários (gestantes e parceiros), profissionais e gestores. A análise dos dados foi categorizada por meio das narrativas, sob luz de Bardin, de acordo com a realidade apresentada. Resultados: A análise de conteúdo temático sobre a abordagem dos parceiros sexuais ocorre de forma pouco sistemática em Camaçari e tem na gestante o elo principal para essa adesão, mas pelas relações assimétricas de gênero, o medo e inseguranças na revelação do diagnóstico podem ocorrer conflitos importantes na relação afetiva das mesmas, no momento delicado da gravidez. Profissionais de saúde admitem a ausência de uma grande parcela dos parceiros no pré-natal e revelaram pouco investimento da gestão quanto às capacitações e campanhas alusivas ao tema. Conclusão: Recomendam-se estratégias criativas na abordagem direta junto ao parceiro sexual, formação dos profissionais em tópicos envolvendo sexualidade, gênero e saúde, e novos estudos que se dediquem às relações de poder e desigualdades entre gêneros e seus efeitos na saúde. As ações de planejamento e avaliação do programa, considerando a participação e tratamento do homem, parceiro de mulheres gestantes diagnosticadas no pré-natal, são fundamentais para prevenção da transmissão vertical da sífilis congênita.

MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 3243259 - ANA PAULA DOS REIS - nullPresidente - 1114664 - SONIA CRISTINA LIMA CHAVES
Externa à Instituição - TANIA CHRISTIANE FERREIRA BISPO - UNEB
Externa à Instituição - THAIS REGIS ARANHA ROSSI - UNEB