Banca de DEFESA: MARCELLE DE JESUS OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARCELLE DE JESUS OLIVEIRA
DATA : 29/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 05 (3º andar) do Instituto de Saúde Coletiva
TÍTULO:

Gestão e assistência ao pré-natal, parto e puerpério em uma região de saúde da Bahia no contexto da COVID-19.


PALAVRAS-CHAVES:

Gestão em Saúde; Administração de Serviços de Saúde; Assistência Pré-natal; Parto; Puerpério; Covid-19.


PÁGINAS: 130
RESUMO:

A necessária priorização do controle da Covid-19, em especial no início da pandemia, interferiu no acesso aos serviços de saúde e na prestação de cuidados de saúde obstétricos e ginecológicos. Nesse sentido, este estudo teve por objetivo geral analisar os efeitos e repercussões da pandemia de Covid-19 sobre a gestão, organização e assistência pré-natal, parto e puerpério em municípios na região de saúde de Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brasil. Constituíram objetivos específicos: caracterizar os municípios da região de saúde quanto aos componentes de um sistema de serviços de saúde; e, identificar as potencialidades, dificuldades e desafios para a operacionalização e articulação entre os municípios da região de saúde para a assistência no pré-natal, parto e puerpério. Pesquisa de abordagem qualitativa, exploratória e descritiva do tipo estudo de caso, realizada por meio de questionário (Google Forms) com 43 profissionais de saúde (P) e entrevistas com 09 gestores (G) de 09 municípios da região de saúde de Santo Antônio de Jesus, incluindo o município sede. Também foi realizada análise documental de normativas e de atas das reuniões da Comissão Intergestores Regional (2020, 2021), bem como relatório de gestão (2020, 2021) do município sede. Todos os aspectos éticos foram respeitados. Os achados foram organizados em matriz Excel com conteúdo categorizado conforme os elementos da rede de atenção e os componentes do sistema de saúde. Quanto a categoria População foram verificadas informações incompletas sobre a quantidade de atendimento de mulheres no período gravídico-puerperal e dados de morbidade e mortalidade relacionados a Covid-19. A categoria Infraestrutura/estrutura organizacional revelou estrutura física precária, número insuficiente de profissionais especializados, interrupção das consultas dos profissionais médicos, de enfermagem e odontologia, realização de coleta de preventivo ginecológico, exames laboratoriais, vacinação e assistência aos sintomáticos respiratórios. A categoria Gestão evidenciou espaços de discussão - Comissão Intergestores Regional, sala de situação do município sede e maternidade de referência - em que foram abordados recursos financeiros necessários para manutenção das ações de saúde à mulher no período gravídico puerperal e necessidade de reorganização dos fluxos e serviços durante a emergência. A categoria Financiamento evidenciou recebimento de recurso financeiro adicional pelo governo federal, entretanto, desabastecimento quanto a vacinas, exames de imagem e laboratoriais, medicamentos, testes rápidos e para detecção de SARS-Cov2. A categoria Organização demonstrou a fragilidade nos mecanismos de referência-contrarreferência, foi referido uso habitual dos mecanismos de pactuação para a continuidade da assistência a mulher e registrado os avanços tecnológicos aplicados à saúde como alternativas para o acesso ao cuidado. A categoria Prestação de Serviço explicitou vulnerabilidades, a falta de materiais e insumos impactou nas ações de vigilância e controle, e ainda que os fluxos destinados a mulheres em situação de violência e/ou atendimento no Centro de Testagem e Aconselhamento não foram alterados, a ausência de testes rápidos pode ser relacionada com o aumento de subnotificação. Em geral, o estudo evidenciou potencialidades como a reorganização dos fluxos, construção e divulgação de protocolos para manutenção do acesso, uso de tecnologias, teleatendimentos e as ações de controle da Atenção Básica. Sobre as dificuldades, estiveram relacionadas, dentre outros aspectos, ao desconhecimento de dados sobre morbidade e mortalidade por Covid-19, fragilidade na comunicação entre as equipes e insuficiência de recursos e insumos. Portanto, a pandemia de Covid-19 desafiou o sistema de saúde e mostrou os limites para a coordenação da resposta para o melhor enfrentamento desta situação de Emergência, em que cabe destacar o SUS como sistema público e universal.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - AMALIA NASCIMENTO DO SACRAMENTO SANTOS - UFRB
Interna - ***.023.865-** - GISELIA SANTANA SOUZA - UFBA
Presidente - 1646460 - MARILUCE KARLA BOMFIM DE SOUZA
Externa à Instituição - TANIA CHRISTIANE FERREIRA BISPO - UNEB
Notícia cadastrada em: 23/08/2024 15:08
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA