A RELAÇÃO DA MEDIDA DA CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA COM O RISCO DE QUEDA EM IDOSOS
Idoso, risco de queda, sarcopenia
Idosos que apresentam fragilidade (ou em estado de senilidade), que são “processos patológicos que ocorrem durante o envelhecimento”, segundo Aversi-Ferreira, Rodrigues e Paiva (2009), podem ter a sua funcionalidade afetada, e alguns dos principais indícios do declínio funcional é o risco de queda, o medo de cair e a queda propriamente dita, com suas consequências, constituindo um sério problema de saúde pública no Brasil, já que cerca de 30% dos indivíduos com idade maior ou igual há 65 anos apresentam relato de queda anualmente, havendo aumento desse percentual para 51% nos indivíduos com mais de 85 anos (BARRETO et al., 2001).
As quedas em pessoas idosas estão associadas a elevados índices de morbimortalidade, redução da capacidade funcional e institucionalização precoce. A fragilidade clínico-funcional no idoso está descrita como a soma da perda involuntária de peso, fraqueza, inatividade, osteopenia, sarcopenia e anormalidade no equilíbrio e na marcha (BRASIL, 2006).
A sarcopenia, que é a perda de massa, força e função muscular é considerada o declínio funcional mais drástico do envelhecimento, estando associada à perda de independência, ao aumento da fraqueza generalizada, quedas e fraturas. A avaliação da massa muscular é um desafio nos serviços de saúde, uma vez que a sua determinação com precisão, requer exames de alto custo (BACHION et al., 2018).
A medida da circunferência da panturrilha (CP) é uma técnica de fácil aplicabilidade, de baixo custo e efetiva na avaliação da massa muscular como preditora da sarcopenia (MANCINI et al., 2020), podendo ser utilizada associada a outras formas de avaliação, tais como o teste Timed Up and Go (TUG), que é um instrumento já validado no Brasil, de domínio público, utilizado na literatura e prática clínica, de fácil aplicação, baixo custo e facilidade de execução, o qual consiste em avaliar a mobilidade funcional, o risco de quedas e a fragilização dos idosos durante a marcha (LOURENÇO, ROMA e ASSIS, 2015; GUERRA et al,. 2017).
Mediante ao exposto faz-se necessário um estudo para analisar se idosos frágeis e/ou idosos com risco de fragilização que tenham a menor CP possuem o maior risco de queda, através da correlação CP e do teste TUG.