EFEITOS DO EXERGAMING SOBRE A MARCHA E O RISCO DE
QUEDA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA): ESTUDO PILOTO DE UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO CONTROLADO
Transtorno do Espectro Autista, Marcha, Acidentes por Quedas, Vídeo Game
Ativo, Modalidades de Fisioterapia
Introdução: Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se como alteração do neurodesenvolvimento, apresentando sintomas motores, que podem predispor a quedas e a alteração na marcha. Os exercícios através de realidade virtual (exergaming) demonstraram bons resultados em crianças com TEA, porém não foram encontrados estudos que avaliem os efeitos do exergaming sobre a marcha e o risco de quedas. Objetivo: Avaliar os efeitos do exergaming sobre o desempenho motor durante a marcha e o risco de quedas em crianças com TEA. Método: Estudo piloto de um ensaio clínico. Serão 22 participantes, diagnosticados com TEA, nível I ou II; idade: 5 a 9 anos; que não façam uso de medicamentos que interfiram no equilíbrio postural e nas quedas; sem atendimento de fisioterapia por pelo menos 2 meses. Serão divididos em Grupo Exergaming (GE, n=11) e Grupo Controle (GC, n=11). O GC receberá orientações por meio de cartilhas. O GE será submetido a um tratamento com exergaming por 3 meses, sendo 2 sessões semanais de 45 min cada (10 min iniciais, 25-30 de exergaming com
o console Xbox360 com sensor Kinect e jogo “Kinect Adventures!”, 5 min de desaquecimento). Serão avaliados através dos seguintes questionários: CARS-BR (Childhood Autism Rating Scale – versão brasileira), DCDQ (Questionário de Desordem de Coordenação do Desenvolvimento), EEP (Escala de Equilíbrio Pediátrica), do questionário semiestruturado para
avaliação da história de quedas, preenchimento do diário de quedas e avaliação da marcha através do Laboratório de Marcha. Será realizada análise descritiva e as variáveis contínuas serão sumarizadas em média e desvio padrão, e as variáveis categóricas, em frequências absolutas e relativas. Para comparar as variáveis independentes e pareadas serão utilizados testes paramétricos e considerado nível de significância de 5% (p <0,05). Resultados esperados: Espera-se que as crianças do GE obtenham resultados melhores do que o GC sobre as variáveis da marcha e o risco de queda, com significância clínica e estatística.