Banca de QUALIFICAÇÃO: ABIGAIL FERREIRA DA SILVA MORENO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ABIGAIL FERREIRA DA SILVA MORENO
DATA : 30/06/2023
HORA: 15:15
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

Fadiga vocal em professores durante ensino remoto e retorno às aulas presenciais no contexto da pandemia por COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Voz, Fadiga, Docente, Saúde do Trabalhador


PÁGINAS: 43
RESUMO:

Introdução: a profissão docente carrega a responsabilidade da transmissão de conhecimentos para que alunos(as) tenham uma formação adequada. Para isso, o professor se submete a longas jornadas de trabalho, onde lhe é exigido uma alta demanda vocal, levando a desenvolver o distúrbio de voz relacionado ao trabalho (DVRT). Como resultado, pode apresentar queixas como rouquidão, garganta seca e fadiga após uso prolongado da voz. Na pandemia do coronavírus, o trabalho docente sofreu mudanças repentinas para dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem, sendo necessário adequar o modelo de ensino remoto emergencial (ERE), em ambiente doméstico, nem sempre apropriado para ministrar aulas. Com o retorno às aulas presenciais (RAP), houve um maior distanciamento entre alunos e uso de máscara facial como medida de proteção contra a COVID-19. Apesar da sua importância, máscaras podem interferir na comunicação oral, tanto pela falta de feedback visual, como pela necessidade de aumento da intensidade para sobrepor a barreira mecânica para projeção da voz. Sabe-se que ajustes vocais inadequados promovem um quadro de sintomas vocais, sendo a fadiga vocal o mais referido. Objetivo: investigar o índice de fadiga vocal em professores durante o ERE e no RAP. Método: trata-se de estudo transversal, exploratório, prospectivo e multicêntrico, realizado por meio de inquérito online para avaliar as mudanças ocorridas no cotidiano de trabalho docente durante a pandemia do coronavírus, aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições envolvidas, sob o nº CAAE: 35899020.6.1001.5662. Participaram professores da rede básica de ensino. Critérios de inclusão: ser professor em atividade da rede básica de ensino, maior de 18 anos e residir nas cidades dos centros participantes. Foram excluídos docentes maiores de 60 anos devido a maior predisposição ao sofrimento psíquico e presença presbifonia. Os instrumentos utilizados foram: questionário elaborado pela equipe com dados sociodemográficos, condições de ambiente, saúde e trabalho; 17 questões do protocolo Condições de Produção Vocal do Professor (CPV-P); e o Índice de Fadiga Vocal (IFV). Os professores responderam ao inquérito via web no período de mês/2021 a mês/2022. A análise descritiva dos dados foi realizada por meio do programa STATA 13.0. Resultados: participaram do estudo um total de 332 das cidades Belo Horizonte, Campinas, Salvador e São Paulo entre os períodos do ERE e RAP. No ERE, dos 263 participantes, 38,02% relataram ter um lugar adaptado para ministrar as aulas online, porém, 57,79% não tinham conforto. Foi identificado que 58,17% disseram ter alguma alteração vocal há 1 ano ou a mais tempo. No RAP, dos 69 professores, 69,57% referiram percepção de esforço vocal durante o uso de máscara.  Os escores dos fatores 1,2,3 e 4 do IFV no ERE foram 12,0; 5,21; 4,93 e 9,22, respectivamente, sendo 12,4; 4,65; 5,21 e 9 no RAP. Os escores nos dois momentos pesquisados estão compatíveis com a percepção de fadiga vocal. Conclusão: os professores referiram ambiente e condições de trabalho precários no ERE e queixa de fadiga vocal nos dois momentos investigados. O uso de máscaras faciais e maior distanciamento dos alunos contribuíram para o aumento do esforço vocal no RAP.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1567757 - MARIA LUCIA VAZ MASSON
Interna - 2583148 - MARILIA CARVALHO SAMPAIO
Externa ao Programa - 1752811 - MARIA FRANCISCA DE PAULA SOARES - UFBA
Notícia cadastrada em: 07/07/2023 15:39
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