Fatores Associados a disfagia orofaríngea nos pacientes
hospitalizados
disfagia; hospital; transtornos de deglutição; fatores associados
Resumo: A Disfagia Orofaríngea (DO) é comumente encontrada em pacientes
hospitalizados. Sua prevalência e características, bem como seus impactos nos
desfechos hospitalares variam a depender do perfil clínico e epidemiológico de
assistência pela instituição. O objetivo do estudo é identificar os fatores associados ao
risco de Disfagia Orofaríngea em pacientes de um hospital universitário da região
nordeste. Método: Trata-se de um estudo transversal, observacional e prospectivo, com
amostra de conveniência com sujeitos com idade igual ou acima de 18 anos, de ambos
os sexos, internados na enfermaria de clínica médica, entre julho a setembro de 2022.
As variáveis sexo, cor, gênero, diagnóstico principal, comorbidades, e os valores das
escalas Functional Status Score for the Intensive Care Unit (FSS ICU) e Functional Oral
Intake Scale (FOIS) foram coletadas do prontuário eletrônico. Além disso, foi aplicado
beria leito instrumento de rastreio - Eating Assessment Tool (EAT-10). Resultados:
Foram incluídos 62 participantes, 53,2% do sexo feminino, com mediana de idade de 50
anos (q1=36; 13=64); 66,1% pardos. A maior parte apresentou enfermidades
relacionadas às funções do aparelho cardiovascular, dos sistemas hematológico e
imunológico e do aparelho respiratório (43,5%). Apresentaram risco de disfagia 29%
dos pacientes. A mediana do nível da escala FOIS foi de 7 (q1=7; q3=7) e a mediana da
escala FSS ICU foi de 34 pontos (q1=28; q3=35), indicando que a maioria dos sujeitos
realizavam ingesta via oral sem restrições e eram independentes funcionais,
respectivamente. Foi encontrado associação significante entre DO e o sexo feminino.
Conclusão: Os resultados demonstram que a DO está presente no ambiente hospitalar,
sendo um importante fator clínico a ser considerado. A ampliação da amostra de sujeitos
poderia elucidar associações entre as demais variáveis abordadas neste estudo,
contribuindo assim com uma melhor identificação do risco de DO em sujeitos
hospitalizados por toda equipe interdisciplinar.