Banca de DEFESA: LOUISE CONCEIÇÃO PEREIRA TANAJURA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LOUISE CONCEIÇÃO PEREIRA TANAJURA
DATA : 16/05/2019
HORA: 09:00
LOCAL: UFBA - Salvador
TÍTULO:

Literatura negra feminina, escrevivências e reexistência: uma proposta de letramento literário em sala de aula


PALAVRAS-CHAVES:

escrevivência; reexistência; letramento literário; literatura negra e feminina


PÁGINAS: 120
RESUMO:

 

O letramento literário tem passado ao largo das práticas docentes da área de Língua Portuguesa: a preocupação com a dimensão estética do texto literário, bem como a formação de leitores de textos literários, explorando, também, a dimensão política desses textos não é uma preocupação do ensino básico. O utilitarismo e a pedagogização a que foram rebaixados os textos de literatura tem resultado em uma relação pouco estreita entre a/o estudante e os textos literários. Acrescente-se a isso uma insistência em uma exclusividade do trabalho com o cânone, que, nessa linha de escolarização da literatura, perde, também sua potência.

Partindo dessa exclusividade citada, percebemos a ausência de textos escritos por mulheres negras na sala de aula, seja nos livros didáticos, seja na oferta da/o professor/a regente. As demandas por uma real efetivação da Lei 10.639/03 existem, são inegáveis. A Literatura, como forma de expressão que reflete o mundo e ajuda a construir ou desconstruir paradigmas, visões e estereótipos se apresenta como um caminho para a construção de indivíduos que possam repensar e cambiar suas atitudes, ao mesmo tempo em que pode fomentar noções de pertencimento e identidades, como raça e gênero. 

Nesse sentido é que se faz necessária uma metodologia que consiga aliar essas duas lacunas ainda persistentes no espaço escolar, o que se apresenta como um desafio, não só pelo combate ao tradicionalismo que esvazia, utilitariza e pedagogiza a Literatura, como, sobretudo, pela reafirmação da qualidade literária de textos escritos por mulheres negras, retificando não só a falsa noção de que não somos produtoras de conteúdo, como também que essa não é uma literatura menor.

Na esteira da escrevivência de Conceição Evaristo, que reafirma a subjetividade de mulher negra em textos marcados em gênero e em raça, bem como do conceito de reexistência de Ana Lúcia Souza, ligado à presença de culturas e identidades diversas, habitualmente marginalizados, como a literatura negra, por exemplo, para dentro dos muros da escola, validando-se como agências de letramento, pretendemos construir um caminho (dentre outros possíveis) para que essa literatura possa chegar a classes de Ensino Fundamental, com toda a sua potência transformadora.

  


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1818425 - ANA LUCIA SILVA SOUZA
Interno - 1064696 - ALVANITA ALMEIDA SANTOS
Externo ao Programa - 3365799 - LIVIA MARIA NATALIA DE SOUZA SANTOS
Notícia cadastrada em: 25/02/2019 21:25
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