ESCRITAS DE SI NA SALA DE AULA EM UMA PERSPECTIVA MULTIMODAL
Escritas de Si; Multimodalidade; Multiletramentos; Linguagens; Práticas Sociais.
Com o intuito de ampliar as reflexões acerca das minhas práticas em sala de aula, a proposta de que trata esse memorial de formação intitulado: Escritas de Si numa perspectiva multimodal em sala de aula, apresentado ao Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS), pretendeu compreender como o trabalho com a escrita de si, numa perspectiva multimodal, pode contribuir para aprimorar a formação crítica dos estudantes. Para tanto, desenvolvi um projeto de intervenção com atividades de produção de textos em diversas linguagens (verbal, imagética, corporal, musical, dentre outras), em oficinas de criação, utilizando as Escritas de Si de alunos/as do 8º ano do ensino fundamental, de uma escola pública, no município de Salvador/BA. O trabalho adotou uma abordagem qualitativa, amparando-se na pesquisa-ação que investigou como a produção dessas Escritas de Si, voltadas para as práticas sociais que envolvem os multiletramentos, puderam contribuir para o aprimoramento das aprendizagens das linguagens numa perspectiva crítica, possibilitando responder com maior eficiência aos desafios relacionados à produção de textos em sala. Além de ser um exercício para desenvolver a competência interpretativa e reflexiva sobre si, sobre o outro e sobre o mundo, o trabalho com essas “escritas” tornou possível ouvir as vozes dos estudantes, frequentemente silenciadas, para finalmente torná-los agentes do processo de aprendizagem, contribuindo para a construção de um percurso de autoria que favorecesse uma atuação crítica, com protagonismo e transformadora. Os principais aportes teóricos que deram embasamento a esta pesquisa são os estudos da linguagem e práticas sociais (Antunes 2009,2010; Bakhtin 1997,2002); dos letramentos e multiletramentos (Kleiman 2005, 2012; Marcuschi, 2005; Street 2012; Rojo, 2012; Souza, Passeggi e Vicentini, 2011); da teoria da comunicação multimodal (Van Leeuwen, 2011; Kress 1996) e da pedagogia crítica (Freire, 1993; Hooks, 2017).