PARA BOM ENTENDEDOR, MEIA PALAVRA BASTA:
Um olhar sobre a formação do eu-leitor nas turmas de 1º ano do ensino médio do IF Sertão PE, Campus Santa Maria da Boa Vista
Habilidade leitora. Cidadania. Perfil leitor. 1º ano do Ensino Médio. Ensino de Língua Portuguesa.
O texto “Para bom entendedor, meia palavra basta: um olhar sobre a formação do eu-leitor nas turmas de 1º ano do Ensino Médio do IF Sertão PE, Campus Santa Maria da Boa Vista” foi resultado de uma pesquisa que busca compreender como se trabalha – e se deve trabalhar – para desenvolver a habilidade leitora do estudante de 1º ano do IF Sertão PE, mais precisamente no Campus Santa Maria da Boa Vista. A pesquisa desenvolvida a partir de uma abordagem quali-quantitativa, envolveu estudantes de 1º ano e quatro professores de áreas de conhecimento diferentes, os quais, além de personagens essenciais para o processo de aprendizagem, são considerados como protagonistas do fenômeno estudado. Esta pesquisa foi realizada nas seguintes fases: a primeira foi o estudo documental das principais avaliações oficiais do governo para perfilar a condição da habilidade leitora do estudante de 9º ano do Ensino Fundamental e a análise da fundamentação teórica para fundamentar a defesa da ideia proposta; e a segunda foi realizada no Campus Santa Maria da Boa Vista, a partir das entrevistas aos professores e da realização de rodas de conversa com os alunos, instrumentos que serviram para a coleta dos dados. Ao final percebe-se que os resultados das avaliações oficiais do governo trazem um perfil do eu-leitor abaixo do projetado para a região, mas ainda assim não visto concretamente na sala de aula do 1º ano. Percebe-se que o estudante reconhece a importância de saber ler e que na escola, junto com os professores, tem mais condição de desenvolver sua habilidade leitora. Contraditoriamente, o professor acredita que o aluno não tem motivação para ler e que, quase sempre, a leitura é vista como responsabilidade do professor de português. Todos, no entanto, deixam transparecer que têm consciência da importância da leitura para a formação cidadã crítica e ativa, e que o processo de aprendizagem renderia melhores frutos se a habilidade leitora fosse melhor desenvolvida, não só como atividade exclusiva das aulas de português, mas com o esforço conjunto de todos os professores, em suas respectivas áreas de conhecimento.