CUSTOS DIRETOS ENVOLVIDOS NAS TERAPIAS DE SUPORTE RENAL EM PACIENTES ADULTOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Custos direto. Diálise. Unidade de terapia intensiva. Pacientes adulto.
Os custos em saúde possuem crescimento expressivo. Esse cenário de crescimento é observado tanto no mundo como no Brasil. As inovações em saúde provocam uma gama de inclusões de novas tecnologias que agregam custos aos serviços, aos pacientes e/ou a sociedade. Esses custos impactam em diversos processos no sistema de gerenciamento da saúde, portanto entende-los é fundamental para auxílio na tomada de decisão de forma a subsidiar o direcionamento dos recursos. Sabe-se que os serviços de saúde possuem como grande desafio a gestão dos custos, principalmente nas instituições hospitalares que concentram fluxos que necessitam de altos recursos tecnológicos e que, proporcionalmente, estão atrelados a elevados valores. Dentro destas instituições estão unidades de terapia intensiva, local que agrupa complexas terapias que requerem equipes altamente especializadas e processos de altos investimentos. Uma destas terapias são as de suporte renal, frequente nas unidades de internação essas terapias requerem equipamentos, insumos e equipe específica para a sua realização. Esse estudo tem como objetivo identificar os custos diretos envolvidos nas terapias de suporte renal realizadas nos pacientes adultos internados em UTI. A pesquisa baseia-se em um estudo de mensuração e valoração de custos diretos. O referido estudo é observacional e descritivo. Serão medidos e analisados os custos diretos envolvidos nas terapias de suporte renal utilizadas em pacientes adultos internados em UTI de um hospital na cidade de Salvador/Bahia. O estudo mostrou que dos pacientes internados nestas UTIs do hospital 16,6% foram submetidos a algum tipo de terapia de suporte renal. São realizadas nas UTIs três tipos de terapia de suporte renal, sendo elas: Hemodiálise aguda (SLEED), Diálise peritoneal (DP) e a Hemodiálise Veno-Venosa Continua (CVV). Verificou-se que a diálise do tipo SLEED é a mais comum com gasto total gerado pelos custos diretos nessa terapia de R$ 111,05, seguido da Hemodiálise Veno-Venosa Contínua com valor total em R$ 4.345,86 e pôr fim a Diálise peritoneal com valor total em R$ 224,44. Nas UTIs da instituição em estudo no ano de 2019 foram realizados 1000 procedimentos da terapia do tipo SLEED que totalizaram, em custos diretos, R$ 111.052,60. Com relação a diálise peritoneal foram 39 procedimentos no ano com um total de R$ 8.753,23 e por fim e mais custoso a CVV com 954 procedimentos totalizando R$ 4.140.815,97. O estudo concluiu que os custos diretos envolvidos com as terapias de suporte renal realizadas em UTIs podem ser classificados em materiais médicos e soluções para realização da diálise. Nas terapias de diálise intermitente (SLEED e DP) os insumos médicos são os que presentam a maior parcela nos custos diretos envolvidos nas terapias, diferente da diálise do tipo contínua (CVV) onde as soluções necessárias para a realização da diálise representam 64,7% dos seus custos diretos. Importante ressaltar que esse estudo mensurou e valorou somente os custos diretos, sendo necessário para a obtenção dos custos totais das terapias de suporte renal a identificação dos custos indiretos.