ESTUDO DA ADERÊNCIA DA FIBRA DE CARBONO EM ELEMENTOS DE MADEIRA LAMELADA COLADA.
Madeira lamelada colada. Aderência. Propriedades mecânicas. Clone COP 1404. Fibra de carbono. Eucalyptus urophylla. Madeira engenheirada.
A preocupação com a sustentabilidade associada à melhoria na tecnologia dos adesivos, aos produtos derivados da madeira, principalmente àqueles originários de florestas plantadas, têm ganhado notoriedade, por terem menor impacto ambiental e favorecerem novas aplicações. A Madeira Lamelada Colada (MLC) é uma alternativa viável para o aproveitamento racional da madeira, possibilitando o uso de madeiras jovens, já que condições intrínsecas destas madeiras, como presença de defeitos, diminuem a capacidade de carga. Além disso, ao engenheirar a madeira pode-se viabilizar o uso de troncos de menor qualidade e menor diâmetro. Entretanto, o desempenho do produto engenheirado depende da espécie a ser utilizada, espessuras e posições das lamelas, tipo de adesivo, desempenho da colagem. O desenvolvimento desse produto com uso de polímeros reforçados com fibras utilizando único adesivo torna-se significativamente mais econômico. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo estudar a aderência do polímero reforçado com fibra de carbono à superfície da MLC de madeira proveniente de floresta plantada. A espécie de madeira selecionada foi Eucalyptus urophylla, clonal COP 1404, que se caracteriza por ter rápido crescimento. Empregou-se o adesivo poliuretano bicomponente KDG 1909 e IC 200 a base de mamona, pela facilidade de obtenção no mercado e facilidade de aplicação. O programa experimental teve como foco as propriedades físicas e mecânicas da madeira in natura e as propriedades mecânicas do MLC com fibra de carbono comparado ao MLC sem fibra de carbono, empregando métodos estatísticos para a análise de resistência dos protótipos. Os resultados indicaram que o adesivo poliuretano foi eficiente na colagem tanto da superfície da madeira quanto da fibra de carbono, de modo que o cisalhamento ocorreu na madeira, além das verificações à compressão paralela e à flexão terem mostrado comportamento de um corpo único, não tendo pontos de descontinuidade por conta da linha de cola, tendo a ruptura ocorrido na madeira.