Banca de DEFESA: LIVIA DOS SANTOS MENDES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LIVIA DOS SANTOS MENDES
DATA : 09/07/2020
HORA: 09:30
LOCAL: Videoconferência pelo RNP
TÍTULO:

Experiências de coordenação do cuidado entre médicos da atenção primária e especializada: fatores relacionados, conhecimento e utilização de mecanismos de integração entre níveis assistenciais


PALAVRAS-CHAVES:

Níveis de Atenção à Saúde; Assistência Integral à Saúde; Integração de Sistemas; Gestão Clínica; Atenção Primária à Saúde; Atenção Especializada


PÁGINAS: 97
RESUMO:

Esta pesquisa objetivou analisar a experiência de médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) e da Atenção Especializada (AE) acerca da coordenação do cuidado e fatores relacionados, e do conhecimento e utilização dos mecanismos para integração entre níveis assistenciais. Trata-se de estudo transversal com aplicação do questionário COORDENA-BR® a amostra de 64 médicos da atenção primária à saúde (APS) e 56 da atenção especializada (AE) da rede pública em município de médio porte do Nordeste. Foram abordados: a coordenação da informação e da gestão clínica entre níveis assistenciais na experiência de médicos e fatores laborais, organizacional, de atitude frente ao trabalho e de interação relacionados; e o conhecimento, frequência de envio e recebimento, finalidade, características e dificuldades para a utilização dos mecanismos de feedback/adaptação mútua e de padronização para promoção da integração entre níveis assistenciais. Foi realizada análise descritiva das variáveis presentes no instrumento, por nível assistencial, por meio de frequências absolutas (n) e relativas (%). As diferenças entre as proporções foram avaliadas pelo teste qui-quadrado de Pearson e pelo o teste exato de Fisher. Os dados qualitativos, procedente das respostas abertas, foram categorizados. Os resultados mostram limitada articulação do cuidado na Rede de Atenção à Saúde (RAS), com diferenças entre APS e AE. Não há troca de informações sobre diagnóstico, tratamento e exames. Médicos da APS concordam mais com os tratamentos indicados na AE do que o contrário. A maioria dos médicos da AE não faz orientações para a APS, que por sua vez, não esclarece dúvidas com o profissional da AE. Ambos referem longos tempos de espera para consulta especializada. Vínculos laborais temporários são mais frequentes na APS. O tempo de consulta foi considerado insuficiente para a coordenação. A insatisfação com salários e trabalho é elevada. Médicos não se conhecem pessoalmente e os especialistas não identificam o médico da APS como coordenador do cuidado. Instrumentos de feedback/ajustamento mútuo como formulários de referência e contrarreferência, resumo de alta hospitalar e whatsapp® são amplamente conhecidos por profissionais dos dois níveis. Apesar disso, as tradicionais guias de referência e contrarreferência não são amplamente utilizadas.  Sessões clínicas e protocolos são pouco reconhecidos, sobretudo na AE, o que pressupõe baixa utilização de mecanismos de padronização para obtenção de maior coordenação do cuidado. Pressão assistencial, baixa institucionalização, falta de tempo foram barreiras identificadas para a incorporação dos mecanismos de coordenação do cuidado ao processo de trabalho na APS e na AE, além daqueles relacionados à oferta de serviços na rede. Neste cenário, políticas e ações para garantia de condições estruturais de melhoria do acesso, de condições de trabalho e de adaptação mútua que favoreçam o conhecimento, institucionalização e a efetiva utilização de mecanismos de coordenação precisam ser implementadas de forma sistêmica para o conjunto dos serviços e trabalhadores do SUS.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 032.321.966-75 - PATTY FIDELIS DE ALMEIDA - UFF
Interno - 1553664 - ADRIANO MAIA DOS SANTOS
Externo à Instituição - ISABELLA CHAGAS SAMICO
Notícia cadastrada em: 01/07/2020 15:01
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