Banca de DEFESA: CAMILA MOREIRA DE ALMEIDA MELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAMILA MOREIRA DE ALMEIDA MELO
DATA : 15/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 401 - Pavilhão Administrativo, IMS/CAT/UFBA
TÍTULO:

DETERIORAÇÃO DA SAÚDE BUCAL E FENÓTIPO DE FRAGILIDADE EM IDOSOS DE UM MUNICÍPIO DO CENTRO-SUL BAIANO


PALAVRAS-CHAVES:

Idoso; Perda de Dente; Fragilidade; Estudos Transversais


PÁGINAS: 134
RESUMO:

Objetivos: descrever a deterioração da saúde bucal e o fenótipo de fragilidade da população idosa do município de Guanambi, Bahia. Métodos: Estudo transversal, de base domiciliar, realizado entre março e abril/23, através de entrevista e coleta de medidas objetivas. A deterioração da saúde bucal foi mensurada a partir do indicador perda dentária (edentulismo). O fenótipo de fragilidade foi definido com base em cinco características: perda de peso, fraqueza, limitação na mobilidade dos membros inferiores, exaustão e baixo nível de atividade física. As prevalências das diversas categorias da perda dentária e do fenótipo de fragilidade foram calculadas e as associações com as variáveis explicativas foram avaliadas por meio de regressão logística multinomial, com estimativas da razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança 95% (IC95%). Resultados: Dos 449 entrevistados, o edentulismo total foi observado em 53,7%, 20,5% eram edêntulos parciais e 25,8% eram idosos dentados. Mostraram-se associados à perda total dos dentes: idade superior ou igual a 80 anos (RP=2,50); ser do sexo feminino (RP=2,62); nunca ter estudado (RP=6,25) e ter de 1 a 5 anos de estudo (RP=3,43), avaliação da saúde bucal como regular (RP=0,34) e ruim e muito ruim (RP=0,12); e a última consulta odontológica ter ocorrido há 1 ano e mais (RP=2,04). Já a fragilidade foi observada em 25,6%, 51,7% eram pré-frágeis e 22,7% eram idosos robustos. Estiveram positivamente associados à fragilidade: residir na zona urbana (RP=3,51); idade de 70 a 79 anos (RP=3,49) e 80 anos e mais (RP=24,60); nunca ter estudado (RP=3,14); autorrelato de saúde regular (RP=2,91) e ruim ou muito ruim (RP=21,69); saúde física ruim em pelo menos um dia nos últimos 30 dias (RP=2,61); e relato de diagnóstico duas e mais morbidades (RP=2,85). O edentulismo total (RP=2,81) e a autoavaliação da saúde bucal como ruim/ muito ruim (RP=3,41) mostraram aumentar a prevalência da fragilidade de forma significativa, após ajuste pela região de moradia. Conclusões: Os idosos de Guanambi apresentam alto grau de deterioração da saúde bucal, revelada através da perda dentária extensa. A fragilidade também apresentou alta prevalência, evidenciando a vulnerabilidade da população estudada. São necessárias políticas efetivas para a manutenção dos dentes saudáveis na boca da população jovem e adulta, com intuito de estabelecer a funcionalidade dos elementos perdidos na população idosa, principalmente através de reabilitação protética. Além do mais, essas políticas de saúde bucal não podem ser debatidas de forma isolada, visto que a perda dentária também está associada à maior fragilidade dos idosos. É necessário que as políticas de saúde bucal visem a integralidade do cuidado aos indivíduos que serão beneficiados por estas, garantindo um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1524763 - DANIELLE SOUTO DE MEDEIROS
Interno - 1739574 - MARCIO VASCONCELOS OLIVEIRA
Externa à Instituição - CAMILA SILVEIRA SILVA TEIXEIRA
Notícia cadastrada em: 28/11/2023 18:48
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