Banca de DEFESA: MARIANA SOUTO FIGUEIREDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANA SOUTO FIGUEIREDO
DATA : 14/10/2022
HORA: 09:30
LOCAL: IMS/CAT
TÍTULO:

OCORRÊNCIA DA DOR DE DENTE NO NORDESTE BRASILEIRO E AUTOMEDICAÇÃO ASSOCIADA


PALAVRAS-CHAVES:

automedicação, odontalgia, odontologia em saúde pública, uso de medicamento


PÁGINAS: 79
RESUMO:

Introdução: A dor de dente é um importante problema de saúde bucal, tendo em vista que, apesar da possibilidade de prevenção, apresenta elevada prevalência em todo o mundo, sendo associada à prática da automedicação cuja crescente tendência tem contribuído para uma série de agravos em saúde. Objetivo: Analisar a ocorrência da dor de dente na população do nordeste brasileiro e avaliar a frequência de automedicação associada. Método: A pesquisa foi dividida em dois estudos: um transversal realizado por meio de análise das informações sobre os atendimentos odontológicos realizados pelas Equipes de Saúde Bucal, nas Unidades Básicas de Saúde dos estados da região nordeste do Brasil, durante o quinquênio 2017 a 2021, disponíveis nos relatórios públicos do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), do Ministério da Saúde do Brasil e, uma revisão sistemática desenvolvida de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultado: Foram notificados 6.483.729 atendimentos odontológicos, dentre os quais, 80,72% foram referentes à dor de dente. O ano de 2019 apresentou o maior número de atendimentos (24,53%) em razão da dor de dente. Os estados da Bahia (20,33%), Maranhão (15,03%) e Pernambuco (12,67%) foram responsáveis por quase metade (48,03%) dos atendimentos por dor de dente na região. Quanto ao perfil dos indivíduos que mais procuraram esse tipo de atendimento destacam-se os usuários do sexo feminino (61,33%), com faixa etária de 19 a 59 anos (60,95%). Ao passo que, idosos com idade igual ou superior a 60 anos (6,41%) e pessoas com 12 a 18 anos (15,13%) foram quem procuraram em menor frequência ( por atendimentos odontológicos para essa condição. Para a revisão sistemática, foram incluídos 14 estudos com delineamento transversal. Os resultados mostraram que a prevalência de automedicação para dor de dente variou de 6,5% a 100,0%, sendo que as maiores prevalências foram encontrados em estudos realizados em países em desenvolvimento como Índia e Emirados Árabes Unidos. Fatores culturais e econômicos, barreiras de acesso, alto custo dos tratamentos odontológicos, falta de tempo e dinheiro e a percepção de que os problemas dentários não são um problema grave de saúde estiveram entre os principais fatores associados à prática. Além disso, o medo do dentista, a facilidade de acesso aos medicamentos e a crença sobre seus benefícios também contribuíram para a adoção da automedicação. Em relação aos medicamentos utilizados, as classes mais utilizadas foram o paracetamol, principalmente os antiinflamatórios, principalmente o ibuprofeno, e os analgésicos administrados por via oral. Conclusão: A dor de dente consiste em um importante problema de saúde bucal no nordeste brasileiro com ocorrência de 80,72%, o que pode repercutir na adoção da prática de automedicação cujos estudos apontaram prevalências variáveis com maiores índices em países em desenvolvimento. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3358976 - MARCIO GALVAO GUIMARAES DE OLIVEIRA
Interno - 1739574 - MARCIO VASCONCELOS OLIVEIRA
Externa à Instituição - CRISTIANE ALVES PAZ DE CARVALHO - UESB
Notícia cadastrada em: 13/10/2022 13:35
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