Bifidobactérias e lactobacilos da microbiota intestinal e sua relação com marcadores clínicos e imunológicos na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
DPOC
Microbiota intestinal
Bifidobactérias
Lactobacilos
Uma série de estudos contribuem para a ideia de que a microbiota intestinal (MI) possui papel na regulação metabólica e imunológica do hospedeiro. Existem evidências de que a MI está envolvida no controle da secreção de hormônios como a insulina através da liberação de GLP-1 e controle da saciedade pela modulação do PYY. Além disso, a MI se mostra importante para o desenvolvimento da placa de Peyer e do sistema imune como um todo, especialmente nos primeiros anos de vida. Dentre a diversidade da MI é possível ressaltar as bactérias dos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium, as quais parecem exercer funções imunorregulatórias e são largamente utilizadas como probióticos. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma enfermidade causada geralmente pela inalação de partículas e gases nocivos que causam danos prolongados às vias aéreas e/ou alvéolos, prejudicando assim o seu papel fisiológico e causando sintomas como dispneia, tosse crônica e expectoração. A inalação de gases tóxicos leva a um processo inflamatório caracterizado pelo aumento sistêmico de moléculas como proteínas de fase aguda, além de IL-1, IL-6, IL-8, TNF e seus receptores. Alguns estudos demonstram que a utilização de probióticos a base de Lactobacillus sp. e Bifidobacterium sp. Pode auxiliar no quadro geral da doença. Entretanto, a relação entre os níveis dessas bactérias na MI e a DPOC não se encontra bem elucidada. Portanto, este trabalho tem como objetivo avaliar se ocorrem alterações nos níveis de Lactobacillus sp. e Bifidobacterium sp. em pacientes com DPOC e relacionar os níveis dessas bactérias com marcadores clínicos e inflamatórios.