Banca de DEFESA: BLENDA SANTOS DE JESUS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BLENDA SANTOS DE JESUS
DATA : 15/07/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma: Google Meet - Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
TÍTULO:

ENTRE ATIVISMOS E PAN-AFRICANISMOS: “TRAVESSIAS” INTERNACIONAIS DE MULHERES NEGRAS


PALAVRAS-CHAVES:

Ativismo. Pan-Africanismo. Diáspora. Século XX. Mulheres Negras.


PÁGINAS: 165
RESUMO:

O Atlântico Negro é o termo que descreve a transnacionalidade e a interculturalidade do espaço-lugar que compreende a África (continente), as Américas e a Europa (diáspora). É no Atlântico Negro, e particularmente na diáspora, onde se firma um dos muitos movimentos de resistência e reafirmação identitária negra: o pan-africanismo. Surgido no início do século XX, o movimento pan-africanista é uma alternativa de luta contra a opressão e a exploração, e em favor da emancipação de todos os povos negros do mundo. Isto posto, o presente trabalho tem como objetivo analisar em que medida o pan-africanismo dialoga com o ativismo de mulheres negras na diáspora do Atlântico Negro, com ênfase para o ativismo teórico-político de três mulheres negras diaspóricas que desenvolveram o seu trabalho ao longo do século XX: Claudia Jones, Lélia Gonzalez e May Ayim. Para realizar essa pesquisa, utilizo a metodologia qualitativa e bibliográfica, e adoto ainda a escrevivência e a interseccionalidade como procedimentos metodológicos. Assim, inicio a pesquisa situando a construção das identidades de mulheres negras na diáspora do Atlântico Negro, tomando como ponto de partida a (re)construção da minha própria identidade. Também averiguo em que medida o pan-africanismo compreende a questão de gênero, e quais são as interlocuções entre os ativismos de mulheres negras e o pan-africanismo na diáspora do Atlântico Negro. Nesse sentido, observa-se que as identidades de mulheres negras na diáspora são construídas de forma complexa a partir das categorias de raça e gênero, e, em meio a essa complexidade, desenvolvem ativismos que unem teoria e política, num verdadeiro pensar-fazer. Tais ativismos foram cruciais para o desenvolvimento do movimento pan-africanista ao longo do século XX, apesar da constante marginalização e silenciamento impostos às mulheres negras por seus companheiros de luta. Como se nota na elaboração de estratégias que se baseiam em princípios pan-africanistas (libertação, integração, solidariedade e personalidade), por exemplo, ativistas negras como Claudia Jones, Lélia Gonzalez e May Ayim não apenas dialogaram com o pan-africanismo como também se tornaram importantes lideranças de movimentos que possuíam como princípios orientadores os princípios pan-africanistas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - FLAVIA MATEUS RIOS - UFF
Externo(a) à Instituição - KARINE DE SOUZA SILVA - UFSC
Presidente - 2406168 - VICTOR COUTINHO LAGE
Notícia cadastrada em: 02/06/2021 13:41
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA