Banca de DEFESA: PAULO ROBERTO NOVAIS SOARES DE QUADROS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAULO ROBERTO NOVAIS SOARES DE QUADROS
DATA : 30/08/2021
HORA: 14:30
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br/events/defesa-de-doutorado-de-paulo-roberto-novais-soares-quadros
TÍTULO:

PARQUES CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS: UMA HISTÓRIA DE 40 ANOS DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, ENTRE ACERTOS E DESACERTOS, NO BRASIL (1981-2020).


PALAVRAS-CHAVES:

Parque Científico e Tecnológico; C&T; Inovação; Brasil; História Longitudinal.


PÁGINAS: 308
RESUMO:

As iniciativas de Parques Científicos e Tecnológicos (PqCT) e afins completaram 40 anos, desde a sua gênese, a partir da criação de Núcleos de Inovação Tecnológica, em 1981, no Brasil. Mas aqueles ainda se revestem como uma temática controversa, em face dos vultosos investimentos públicos federais que vêm recebendo ao longo dos anos. Isso porque, segundo especialistas internacionais presentes no Seminário Internacional de Parques Tecnológicos (1987), o Governo Federal, em particular, não deveria se envolver em nenhuma das etapas (projeto, implantação ou operação) dos Parques, pois estes são, por natureza, instituições do setor privado “capitalista”, de impacto local, em face do output prometido: produtos inovadores ao mercado consumidor. Para fundamentar a minha tese, que questionou os resultados proporcionados pelos PqCT à sociedade que os financiam, através do pagamento de impostos, propus aspectos metodológicos qualitativos menos presentes na literatura nacional. Para facilitar a compreensão do leitor interessado pelo objeto estudado, em especial daquele não especializado, fiz uso de uma linguagem menos formal, mas ainda assim aderente aos preceitos acadêmicos. Inicialmente, contextualizei o surgimento de dois paradigmas da inovação (Stanford Industrial Park e “Vale do Silício”), a partir da dinâmica empreendedora estadunidense na criação de uma universidade privada (em contraste com as universidades públicas brasileiras), das oportunidades criadas pela 2ª Grande Guerra/Guerra Fria e da atuação diferenciada de um professor/gestor inspirador. Depois debati a visão latino-americana da inovação como mecanismo para o desenvolvimento da região. Em relação ao Brasil, descrevi as primeiras ações relacionadas aos Parques, em especial aos anais do Seminário supracitado, como central para demonstrar que já se sabia, àquela época, que o nosso país, bem como outras nações da América Latina, não possuía os pressupostos para que iniciativas de Parques obtivessem êxito. Mesmo assim, percebeu-se novos e vultosos investimentos, do Governo Central, envolvendo a ação de atores da Academia e Governo, nas suas diversas instâncias, próximos às multinacionais e grandes empresas públicas, contudo afastados do setor privado que, por sua vez, não manifestou interesse na aproximação com aquela, para realizarem P&D cooperados e gerar produtos inovadores, a partir de pesquisas sobre C&T, por conflito de interesses históricos, ainda não superados. Realizei uma análise quantitativa básica de 110 T&D, obtendo indicadores reveladores e inéditos, que contribuiu na melhor compreensão dessa instituição multifacetada, com inúmeras possibilidades de enfrentamentos e interpretações. Eu concretizei, através desta tese, uma dessas combinações. Ainda identifiquei diversas inconsistências em pesquisas governamentais conduzidas, em parceria, com universidades e organização da sociedade civil, com grande interesse no sucesso dos Parques nacionais, bem como de organismos de financiamento dos Parques, com severas críticas aos seus resultados. Por fim, apresentei um recorte longitudinal do PqCT mais referenciado pelos autores das T&D, revelando diversos aspectos relevantes à minha pesquisa. Nas considerações finais teci alguns comentários e destaquei que meu olhar crítico, em todas as etapas da tese, foi sempre no intuito de construir “uma história”, entre tantas, a partir da minha percepção, me atendo a dados e fatos objetivos, ciente de que outros deverão contestá-los ou confirmá-los. Assim evolui a ciência brasileira.

OBS.: RESUMO RETIFICADO.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 645.031.008-15 - AMILCAR BAIARDI - UFRB
Interna - 834.495.587-49 - MOEMA DE REZENDE VERGARA - MAST
Externo ao Programa - 153.145.885-87 - ELIAS RAMOS DE SOUZA - IFBA
Externo ao Programa - 1698312 - HORACIO NELSON HASTENREITER FILHO
Externo à Instituição - ALEX VIEIRA DOS SANTOS - ACB
Notícia cadastrada em: 27/08/2021 16:18
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