Banca de DEFESA: IVAN DE MATOS E SILVA JUNIOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : IVAN DE MATOS E SILVA JUNIOR
DATA : 09/12/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Faculdade de Educação
TÍTULO:

O PENSAMENTO DECOLONIAL NA BIOGEOGRAFIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA FORMAÇÃO DOCENTE


PALAVRAS-CHAVES:

Decolonialidade. Ciência. Biogeografias. Formação docente. Ecologia de saberes.


PÁGINAS: 300
RESUMO:

Os sistemas hegemônicos de educação superior, ao assumirem a Ciência como parâmetro de leitura do mundo, têm contribuído para o processo de invisibilização de inúmeras experiências, que passam a ser produzidas em condições de subalternidade, a exemplo dos fazeres-saberes de diversas comunidades indígenas e afro-brasileiras. A Biogeografia, componente curricular que integra a educação superior em cursos de formação de professores(as) de Geografia e Biologia, tem dedicado pouca atenção a essas experiências, a ponto de apresentar lacunas em estudos e pesquisas, não apenas na abordagem intercultural (como resultado da concepção cientificista), mas também na articulação com questões atinentes à dimensão pedagógica (em decorrência da concepção bacharelesca). A fim de contribuir para a superação de tais lacunas, a presente tese propõe-se a articular a Biogeografia com conceitos e temas advindos dos estudos e pesquisas decoloniais e do âmbito da formação docente. Desse modo, a questão suleadora é compreender como a Biogeografia pode contribuir na formação docente a partir do pensamento decolonial. A partir disso, partimos para os desafios e potencialidades do pensamento decolonial na Biogeografia em contexto de formação de professores(as), por meio de vivências realizadas em um curso de pesquisa-formação. Para tanto, o desenho da pesquisa, de cunho qualitativo, envolveu levantamento bibliográfico, bem como a mobilização do referido curso, compreendido como dispositivo de pesquisa-formação, que envolveu estudantes, egressos(as) e docentes de Geografia e Biologia, e ocorreu tanto presencialmente quanto através do uso assíncrono de um ambiente online, com o intuito precípuo de produzir novas interpretações que pudessem articular decolonialidade, biogeografia e formação docente, buscando-se entender aspectos que conformam a Biogeografia no âmbito da ciência, a partir da sua própria diversidade constitutiva; compreender como essa diversidade  dialoga com os estudos e pesquisas decoloniais e, por fim, avaliar os desafios e as contribuições da Biogeografia em uma proposta de formação docente inspirada na decolonialidade. Dentre alguns indícios, a pesquisa-formação apontou a necessidade de não apenas revisitar conceitos geralmente mobilizados pela Biogeografia, mas adotá-los na formação docente em uma perspectiva comprometida com a decolonialidade. Desse modo, conceitos como recurso natural, serviço ecossistêmico e capital natural emergiram como termos que precisam ser revistos, ao passo que conceitos como epistemicídio, racismo ambiental e decolonização da natureza emergiram como aspectos importantes na promoção de relações cada vez mais simétricas, porosas e multirreferenciais de des-encobrimento do outro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1148606 - ROSILEIA OLIVEIRA DE ALMEIDA
Interno - 567.815.045-68 - CLAUDIA DE ALENCAR SERRA E SEPULVEDA - UEFS
Interno - 2920919 - BARBARA CARINE SOARES PINHEIRO
Externo à Instituição - SUELI ANGELO FURLAN - USP
Externo à Instituição - EDMEA OLIVEIRA DOS SANTOS - UFRRJ
Notícia cadastrada em: 25/09/2019 09:33
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