Banca de DEFESA: MAURICIO CAVALCANTE RIOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAURICIO CAVALCANTE RIOS
DATA : 04/04/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente virtual RPN
TÍTULO:

O PROGRAMA FORTE E O RELATIVISMO EPISTÊMICO


PALAVRAS-CHAVES:

Epistemologia, Filosofia das Ciências, Sociologia do Conhecimento Científico, David Bloor e Relativismo


PÁGINAS: 148
RESUMO:

Esta tese compreende uma variante do Relativismo: o Relativismo Epistêmico sobre o Conhecimento Científico. Esta tese defende que o Relativismo do Programa Forte endossa o Relativismo Epistêmico porque se compromete filosoficamente com conceitos epistemológicos e ontológicos, destacando que ambas as formas de relativismo podem fornecer uma base para reflexões sobre a Educação Multicultural. O Relativismo Epistêmico é uma tese segundo a qual as crenças, a justificação e o conhecimento dependem de um conjunto de condições, como épocas, culturas, sociedades etc. O Relativismo do Programa Forte é uma forma de Relativismo Metodológico aplicado ao conhecimento científico. Para o Programa Forte, o conhecimento científico é uma forma de adaptação coletiva da humanidade à natureza. David Bloor, em sua obra Conhecimento e Imaginário Social, fornece um conjunto de conceitos importantes para a reflexão da aplicação da Sociologia do Conhecimento Científico sobre a ciência. Esta obra, além de destacar autores importantes, como Durkheim e Mannheim, dentre outros, apresenta princípios que podem sustentar uma forma diferenciada do Relativismo Epistêmico: um Relativismo localizado aos padrões cognitivos de uma comunidade em uma época. Suas descrições sobre a relação entre os modelos sociais e modelos científicos levantam a possibilidade de se defender o Relativismo. Além de Bloor, há uma crítica ao Relativismo do Programa Forte que é discutido por epistemólogos como Bruno Latour e Paul Boghossian. Deve-se destacar que o Programa Forte tem inspiração nas obras de Kuhn, especialmente a Estrutura das Revoluções Científicas. Críticas mais recentes surgiram, como as de Harvey Siegel, Markus Seidel, Maria Baghramian e Richard Schantz, procurando examinar o Programa Forte e o Relativismo a fim de apresentar suas dificuldades. David Bloor rejeita essas críticas, lançando um lema: o Relativismo é oposto do Absolutismo. Esta tese apoia-se em campos disciplinares como a Antropologia, Sociologia do Conhecimento Científico, Filosofia das Ciências, História das Ciências e campos interdisciplinares como Ciência, Tecnologia e Sociedade e Estudos Sociais sobre a Ciência. Para o Ensino de Ciências, o conceito do Relativismo tornou-se um tema contemporâneo que pode se envolver com a Educação Multicultural em torno de temáticas como a tolerância epistêmica e cognitiva, respeito a grupos minoritários e culturas diferentes, além do bem cívico. O termo relativismo é encontrado não só nos debates acadêmicos, mas também em informações que circulam nos meios de comunicação, em especial na internet, em sites, blogs e redes sociais e, inclusive, nas práticas discursivas cotidianas. Nesses contextos de comunicação, distorções conceituais são comuns, relacionando o relativismo, por exemplo, a uma espécie de “vale-tudo”. Pretende-se também mostrar, nesta tese, a importância de autores clássicos, com pensadores, conceitos e debates ainda presentes e atualizados. Por fim, algumas teses, como Relativismo Construcionista Social, Subdeterminação da Teoria pelos Dados, Holismo Confirmacional, Carga Teórica sobre a Observação e Incomensurabilidade, são revistas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1082451 - WALDOMIRO JOSE DA SILVA FILHO
Interno - ***.007.068-** - OSVALDO FROTA PESSOA JUNIOR - USP
Interno - 1808015 - ANDRE LUIS MATTEDI DIAS
Externo ao Programa - ***.099.225-** - DEIVIDE GARCIA DA SILVA OLIVEIRA - UFRB
Externo à Instituição - SAULO MORAES DE ASSIS - IFBA
Externo à Instituição - LEANDRO GIRI
Notícia cadastrada em: 29/03/2023 10:51
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