PPGBIOCIENCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIAS (PPGBIOCIENCIAS) INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: NIVEA NARA NOVAIS ANDRADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NIVEA NARA NOVAIS ANDRADE
DATA : 31/05/2019
HORA: 14:00
LOCAL: IMS- UFBA
TÍTULO:

IDENTIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO DE RESISTÊNCIA E PATOGENICIDADE DE Escherichia coli e Klebsiella spp EM AMOSTRAS DE DOADORAS DO BANCO DE LEITE HUMANO DO HOSPITAL MUNICIPAL ESAÚ MATOS EM VITÓRIA DA CONQUISTA (BA).


PALAVRAS-CHAVES:

Fatores de patogenicidade, Fatores de virulência, Leite humano, Enterobactérias, Microbiologia, Infecções neonatais


PÁGINAS: 78
RESUMO:

O leite humano (LH) é considerado o alimento ideal para recém-nascidos (RNs). Devido a sua composição nutricional, fatores imunobiológicos e protetores a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento exclusivo até os seis meses. Em algumas situações, como permanência do RN no ambiente hospitalar ou doenças infecciosas maternas, não é possível que o RN obtenha o LH por amamentação e os Bancos de Leite Humano (BLHs) surgem como estratégia para garantir a nutrição desses RNs, através da distribuição de leite humano ordenhado (LHO) fornecido por doadoras cadastradas no serviço. A coleta do LHO pode ser realizada no domicílio das doadoras e as condições higiênico-sanitárias utilizadas desde a ordenha até o processamento devem seguir protocolos para evitar a contaminação microbiológica já que o LH possui características ideais para o crescimento de diversos micro-organismos que podem ser patogênicos aos receptores, em sua maioria prematuros. Dentre as bactérias que podem contaminar o LHO nas etapas de coleta, transporte e processamento destacam-se as Enterobactérias, que em sua maioria são comensais, mas possuem capacidade de adquirir genes de patogenicidade e resistência a antimicrobianos. Nessa família as espécies de Klebsiella spp e Escherichia coli são importantes causadores de infecções neonatais como meningite, pneumonia, infecções intestinais e sepse. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo identificar e caracterizar a patogenicidade e perfil de resistência à antibióticos de isolados de E. coli e Klebsiella spp. em amostras de doadoras provenientes do BLH do Hospital Esaú Matos e correlacionar a presença microbiana com as condições higiênico-sanitárias das participantes do estudo. Foram coletadas amostras das mãos e região mamilo-areolar e alíquotas de leite humano de 30 doadoras cadastradas no BLH durante o ano de 2018. As doadoras também foram submetidas a um questionário versando sobre condições socioeconômicas e higiênico-sanitárias da coleta. As amostras foram semeadas através de técnicas de microbiologia convencional. Foram identificadas cepas de Klebsiella em amostras de 11 doadoras (36,6%). Entre essas, em 36,4% (n=4) o micro-organismo foi isolado apenas nas amostras cutâneas, 36,4% (n=4) apenas no leite humano ordenhado cru (LHOC), 18,2% (n=2) com resultados positivos nas amostras cutâneas e de LHOC e 9,1% (n=1) com crescimento em amostras cutâneas, LHOC e no leite humano ordenhado pasteurizado (LHOP). Não foi isolada a E.coli nas amostras coletadas. Em todas as cepas de Klebsiella spp. isoladas foi realizado o antibiograma com recomendação do CLSI 2017, 42,8% (n=6) das cepas apresentaram resistência a Ampicilina e Sulbactam e 35,7% (n=5) resistentes a Amoxacilina e Ácido Clavulânico. Os isolados também foram submetidos ao teste de detecção fenotípica de ESBL por disco-aproximação, 23,1% (n=3) apresentaram resultados positivos para esse teste. Foi realizado o teste de Hodge modificado em todas as cepas para avaliar a presença da enzima carbapemenase e todas as cepas tiveram resultado negativo. Além dos testes fenotípicos os isolados foram submetidos a técnica de Reação em Cadeia da Polimerase para detecção dos seguintes genes: gyrA, rpoB e pehX, para confirmação do gênero Klebsiella spp. e espécies de Klebsiella pneumoniae e Klebsiella oxytoca respectivamente; também foram pesquisados os genes associados a produção de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) SHV, TEM, CTXM-1, CTXM-2 e CTXM-3 e os genes de virulência rmpA e wcaG. Todas as cepas foram confirmadas como sendo do gênero Klebsiella spp., 53,8% (n=7)  identificadas como Klebsiella pneumoniae, 7,7% (n=1) identificadas como Klebsiella oxytoca e 38,5% (n=5) não fazem parte das duas espécies pesquisadas. Não foram encontrados genes de ESBL e genes de virulência nas amostras isoladas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1739574 - MARCIO VASCONCELOS OLIVEIRA
Interno - 1561874 - LUCAS MIRANDA MARQUES
Externo ao Programa - 3224857 - CLAUDIO LIMA SOUZA
Externo ao Programa - 1034133 - JESSICA BOMFIM DE ALMEIDA
Notícia cadastrada em: 27/05/2019 11:08
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