PPGLITCULT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E CULTURA (PPGLITCULT) INSTITUTO DE LETRAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: EDILANE ABREU DUARTE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDILANE ABREU DUARTE
DATA : 10/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: on-line
TÍTULO:

MULHERES QUE VOAM: PERMANÊNCIAS E RUPTURAS NA REPRESENTAÇÃO DA BRUXA NA
LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA


PALAVRAS-CHAVES:

Bruxa; Estudos do feminismo; Literatura infantil; Narrativas de autoria feminina; Representações do imaginário


PÁGINAS: 178
RESUMO:

Esta tese versa sobre a trajetória da representação da figura bruxa na literatura infantil brasileira, a partir da análise dos traços que refletem, na história da personagem, a história da mulher na sociedade. Para tanto, apresenta-se o modo como as relações de gênero intervêm no processo de representação simbólica do feminino através da personagem bruxa nas narrativas infantis tradicionais e contemporâneas. Faz-se isso por meio da análise da maneira como a imagem da bruxa fora projetada no percurso histórico-social pós Idade Média e como isso se reflete na literatura infantil. Por fim, verifica-se se houve, de fato, mudança de perspectiva acerca da construção do discurso que atribui a conotação negativa à bruxa, enquanto elemento feminino, nos contos infantis brasileiros que se propõem a apresentar “bruxas boas”. As narrativas brasileiras selecionadas são A bruxinha que era boa ([1954] 1990), de Maria Clara Machado, Maria Francisca (1958), de Maria Heloísa Penteado, A Bruxinha atrapalhada ([1982] 2003), de Eva Furnari e Uxa, ora fada ora bruxa ([1985] 2003), de Sylvia Orthof, sendo estas as principais histórias sobre bruxas boas publicadas no Brasil entre os anos 50 e 80. Posteriormente, já no século XXII, temos Histórias de Bruxa boa, publicado em 2004 e sua continuidade em A volta da Bruxa boa, publicado em 2007, ambas de Lya Luft. Além destas, figuram as análises neste trabalho, Aisha, uma bruxinha aborrecente (2021), primeiro livro publicado pela professora Patrícia Prates; Lolla, a bruxinha: entre sapatos que rimam e chapéus que não combinam (2021) de Nelly Narcizo Souza, e Bruxolivia, a bruxa boa (2021), da escritora catarinense Nicole Steffens Spohr. A tese divide-se em três seções, sendo que a primeira tem como base bibliográfica Michel Foucault (1996), Silvia Federici (2017), Georges Bataille (1989), Umberto Eco (2015), Jacques Le Goff (1994), Cornelius Castoriadis (1982) Georges Duby e Michelle Perrot (1991), Stuart Clark (2006), Anne Barstow (1994), Francisco Bethencourt (2004) e Laura Mello e Souza (1986). A segunda seção é fundamentada pelas teorias ou pesquisas de Robert Darnton (1986), Nelly Novaes Coelho (2000) Angela Carter (2007), Jean Delumeau (2009), Guacira Louro (1997), Michel Foucault (1996, 2000, 2003, 2004), Philippe Ariès (1986), Leonardo Arroyo (1990), Regina Zilberman e Marisa Lajolo (2007), Cíntia Schwantes (2006), Isabelle Anchieta (2021), Elódia Xavier (2002), Mônica Santos (2011) e Peter Hunt (2010). Na terceira e última seção trazemos as contribuições de Silvia Federici (2017, 2019a, 2019b), Flávia Biroli (2018), Ilze Zirbel (2021), Alda Motta (2021), Gilles Lipovetsky (2000), Foucault (1987, 1996), Clarissa Estés (1994) e María Lugones (2019).


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - LILIANE VASCONCELOS DE JESUS
Externa à Instituição - MARCIA RIOS DA SILVA ANDRADE - UNEB
Interna - 1676830 - MILENA BRITTO DE QUEIROZ
Interna - 2767538 - MONICA DE MENEZES SANTOS
Presidente - 1989059 - NANCI ARAÚJO BENTO
Notícia cadastrada em: 15/07/2022 18:09
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA