Banca de DEFESA: LEANDRO DE JESUS DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEANDRO DE JESUS DA SILVA
DATA : 14/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Híbrida
TÍTULO:

Os sertões em movimento de Glauber Rocha

PALAVRAS-CHAVES:

Sertão; beatismo; desigualdade social; pobreza; violência.

PÁGINAS: 113
RESUMO:

Esta tese de doutorado investiga a representação do sertão nas narrativas fílmicas Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Maranhão 66 (1966), e Dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969), do cineasta baiano Glauber Rocha. O estudo parte, no capítulo I, de Deus e o Diabo com a análise da apropriação da geografia, da sociedade e da história da região de Canudos, detidamente, aquela relativa ao beatismo e à violência, para compor um sertão profundo, marcado pelo isolamento espacial, pelo anacronismo, pela desigualdade social, pela miséria e pobreza endêmica. Considera-se, para tanto, a prospecção da região de Canudos, da terra, da caatinga, dos monumentos e espaços simbólicos do beatismo e da violência da sociedade sertaneja de fins de século XIX e começo do século XX. Dá-se atenção especial, sobretudo, a restituição dos ícones do vaqueiro, do beato e do coronel e, finalmente, a reconstituição dos fatos relativos à guerra de Canudos. A ênfase aqui é na relação entre a pobreza e exploração dos pobres com a eclosão do beatismo na região, violência do estado para combatê-lo e a migração como ação inevitável. Subsequente, no capítulo II, a pesquisa analisa o avanço de Maranhão 66 pelo espaço de São Luís e a projeção na narrativa da cidade cindida entre os espaços ricos e desenvolvidos – o centro, sobretudo – a zona pobre e miserável localizada na periferia. Não poderia deixar de analisar a sociedade formada por uns poucos ricos e muitos miseráveis para recompor o caos citadino fundado com o crescimento desordenado decorrente dos processos migratórios. Por último, no capítulo III, a pesquisa explora O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro e a projeção de um sertão ainda pobre e miserável, ainda entrecortado pelas figuras históricas do beato, do cangaceiro e do coronel. Inclui-se, notadamente, as conexões viárias para o espaço citadino e o resto do país, transitado por automóveis modernos, com postos de combustíveis, luz elétrica e outros indícios das transformações sociais e espaciais do sertão brasileiro.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.408.315-** - NOELIA BORGES DE ARAUJO - UFBA
Interna - 1544483 - LUCIENE ALMEIDA DE AZEVEDO
Interna - 2049741 - CARLA DAMEANE PEREIRA DE SOUZA
Externa ao Programa - 2422865 - MONIQUE PFAU - UFBAExterno à Instituição - CLAUDIO CLEDSON NOVAES - UEFS