A Tradução como Espaço de Reconstrução de Saberes Ancestrais: Gênero, Raça, Corpo e Colonialidade na experiência tradutória de Abya Yala
Estudos de tradução; gênero; ocidentalidade; raça; corporalidade; tradução decolonial.
Essa dissertação é uma contribuição interdisciplinar para os Estudos da Tradução, com interesses específicos na promoção de um pensamento anticolonial para a tradução. Isso ocorre em diálogo com os estudos de gênero e raça e através da tradução Sul-Sul de textos de Alejandra Sardá, Lohana Berkins, Mauro Cabral e Yuderkys Espinosa Miñoso – pessoas autoras da América Latina e Caribe, que compartilham seu saber acadêmico e ativista sobre gênero, raça, corporalidade e colonialidade. Essas traduções foram realizadas pensando nesses textos e na própria tradução decolonial como ferramentas de ruptura para o campo, por isso essas discussões foram sustentadas com textos de Claudia Lima, Lawrence Venuti, Luise Von Flotow, Silene Moreno e Paulo Oliveira. Já para discutir decolonialidade, Oyèrónkẹ́Oyěwùmí, Chandra Mohanty, Aníbal Quijano, María Lugones, Walter Mignolo e Françoise Vergès foram importantes referências. O objetivo dessa união de conhecimentos é fazer emergir outro sujeito, não mais universal, no pensamento e prática da tradução e reflorestar nossa percepção sobre língua e cultura.