ALEXANDRE E OUTROS HERÓIS: UM ESTUDO DA ADAPTAÇÃO LITERÁRIA COMO TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA
Tradução intersemiótica; Adaptação; Literatura; Audiovisual; Roteiro.
Esta dissertação tem como objetivo discutir a adaptação literária para o audiovisual como uma das maneiras de se traduzir uma obra, em especial a partir do processo de tradução intersemiótica. Os contos O Olho Torto de Alexandre e A Morte de Alexandre, de Graciliano Ramos, traduzidos (e adaptados) para o telefilme Alexandre e Outros heróis [Rede Globo, 2013], roteirizado por Luis Alberto de Abreu e Luiz Fernando Carvalho, serão objetos de análise dessa discussão, que será executada a partir da observação da cena ‘Alexandre passa mal’ – (33min18s - 40min16s). Serão utilizadas para estabelecer esta análise abordagens que consideram a adaptação literária para o audiovisual como uma das maneiras de se traduzir e reler uma obra; que refletem o funcionamento da narrativa e linguagem televisual; e que ressaltam a importância do roteiro como um dos processos que uma adaptação literária passa ao se constituir como uma nova obra. Para isso, a argumentação teórica parte da leitura de Roman Jakobson (1975), Julio Plaza (2003), C. S. Peirce (1974; 1977), André Lefévère (1975; 2007), Iuri Lótman (1996; 1998), Linda Hutcheon (2013) e Robert Stam (2006), no que se refere aos estudos da tradução e da adaptação; da fortuna crítica de Roland Barthes (2011), Walter Benjamin (1987; 2000) e Tzvetan Todorov (2011; 2013), bem como de Arlindo Machado (2000), Ana Maria Balogh (2002), Umberto Eco (1994) e Renata Pallottini (1998), nas questões referentes ao funcionamento da linguagem e da narrativa televisual; e de Syd Field (1979) e Doc Comparato (1993), no que diz respeito à importância do roteiro para adaptação de uma obra.