Pelas ruas, becos e encruzilhadas da identidade: as relações da Memória, Corpo e Espaço em Minha Casa É Onde Estou, de Igiaba Scego
Igiaba Scego; Memória; Corpo; Identidade.
Esta dissertação nasce como uma confluência de vozes e textos que se entrelaçam a minha no intento de realizar uma leitura da obra Minha casa é onde estou, de Igiaba Scego, escritora e pesquisadora italiana de origem somali. O texto é apresentado em um formato hipermídia e foi construído por meio de notas teóricas, literárias e pessoais, além de hiperlinks para outras textualidades, o que permite às leitoras e aos leitores possibilidades de leitura várias do texto. Para tal, segui uma abordagem metodológica experimental, na qual procurei dialogar de maneira afetiva a obra de Igiaba Scego com produções artísticas, teóricas, audiovisuais e culturais brasileiras ou do Sul Global. Desse modo, dividi este trabalho em 6 partes: os dois primeiros textos, Notas para abrir caminho e Os primeiros passos, apresentam a pesquisa e situam-na espaço-temporalmente; o texto Nos caminhos da História e das memórias: notas históricas, literárias e sobre a sala de aula de língua italiana apresenta um percurso histórico da Itália que perpassa notas literárias e de ensino de língua; já no texto Que corpo é esse que brada em meio a selva de pedra? apresento algumas questões relativas aos refugiados e imigrantes e às violências raciais na Itália; em As encruzilhadas da identidade em “Minha casa é onde estou” estabeleço uma leitura de Igiaba Scego e da obra tomada para construção desta pesquisa; por fim, concluo com O fim de um percurso: não um “adeus”, mas um “até mais tarde”, que são notas de encerramento deste trabalho.