A REPRESENTAÇÃO SHAKESPEARIANA NA FICÇÃO CIENTÍFICA: SHAKESPEARE EM DOCTOR WHO
Tradução Intersemiótica; Adaptação; Shakespeare; Ficção Científica; Intertextualidade; Doctor Who.
O ato de contar uma história carrega em si os ecos de outras histórias já contadas, e, ao
mesmo tempo, é uma redefinição das vozes que trovaram, cantaram, recitaram, encarnaram
ou declamaram estrofes, parágrafos ou paráfrases do que já foi dito há tempos. Por meio do
cinema, da música, da tecnologia, em tantas e diversas formas de arte, os clássicos foram
ressignificados e traduzidos para linguagens modernas atraindo interlocutores variados.
Dentro do universo fantástico da ficção científica de Doctor Who, a tradução de William
Shakespeare esteve presente e é objeto de estudo desta dissertação. Aqui, objetiva-se analisar,
por meio da leitura da teoria desconstrutivista e pós-estruturalista de Jacques Derrida e Linda
Hutcheon, a tradução e adaptação da biografia e da obra shakespeariana em dois episódios da
série. Através dessa visão, é possível demonstrar que o clássico sobrevive através dos
múltiplos recontares ao ser suplementado por visões, técnicas e vozes.