PPGLITCULT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E CULTURA (PPGLITCULT) INSTITUTO DE LETRAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: ELIANA SILVA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELIANA SILVA DOS SANTOS
DATA : 13/12/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Zoom
TÍTULO:

MORTE E ANCESTRALIDADE EM O CRIME DO CAIS DO VALONGO


PALAVRAS-CHAVES:

Literatura Negra Feminina; Crime do Cais do Valongo; Ancestralidade.


PÁGINAS: 106
RESUMO:

A obra ‘O crime do Cais do Valongo’ (2018), de Eliana Alves Cruz, constitui uma narrativa importante parar e pensarmos a sociedade escravocrata brasileira e, principalmente, os costumes e culturas dos povos que foram trazidos para o Brasil. A
escritora e jornalista constróium textopolifônicoque questiona a discursividade histórica brasileira a respeito da escravidão, destinando voz e a possibilidade de composição de subjetividades diversas em uma narrativa histórica em que um crime determina outros.
Uma das propostas deste trabalho é discutir as relações entre morte e ancestralidade para os africanos e o que estes elementos representam para aqueles que morreram ainda no
navio negreiro ou quando chegaram à região portuária do Valongo, no Rio de Janeiro, os chamados pretos novos. Além disso,é importante assinalar as contribuições
contemporâneas da ancestralidade para as diversas narrativas da população negra e seu modo de vida, considerando também o culto afrodiaspórico ancestral a Egúngún como uma forte manifestação da resistência cultural africana em diáspora. Assim, a partir dos destaques, é possível considerar a ancestralidade como um operador semântico de existência e resistência, tendo o culto aos antepassados como veículo de continuação de ciclos vitais relevantes para a história da população negra fora da África. Diante do Brasil atual, a pesquisa estabelece ligação também com a necropolítica estatal, quando o número de negros mortos em comunidades carentes avança, reforçando o fetiche social pela aniquilação simbólica e física dessas pessoas.Destaca-se, também,o papel de narrativas
de mulheres negras na constituição da encruzilhada cultural presente na escrita feminina de Maria Firmina, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Ana Maria Gonçalves e Eliana Alves Cruz.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3414388 - JOSE HENRIQUE DE FREITAS SANTOS
Interna - 1064696 - ALVANITA ALMEIDA SANTOS
Externa à Instituição - ANA RITA SANTIAGO DA SILVA - UFRB
Notícia cadastrada em: 13/12/2022 08:12
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA