PPGLITCULT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E CULTURA (PPGLITCULT) INSTITUTO DE LETRAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: GLAUCE SOUZA SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GLAUCE SOUZA SANTOS
DATA : 16/12/2022
HORA: 09:00
LOCAL: ESPAÇO VIRTUAL
TÍTULO:

Rimas negro-feministas: uma abordagem teórico-crítica para ler pretas que rimam versos, corpos e subjetividades


PALAVRAS-CHAVES:

mulheres negras; subjetividade; afeto; corpos; rimas


PÁGINAS: 130
RESUMO:

Nesta tese, organizada como um álbum musical, intitulada Rimas negro-feministas: um operador teórico-crítico das rimas que rimam versos, corpos e subjetividades, faço leituras de algumas produções das artistas Tássia Reis, Preta Rara e NegaFya, ambas, mulheres negras que atuam, dentre vários espaços, na cena do Rape na cena da poesia de Slam. Para isso, considero tanto os versos, quanto as performances das artistas, em vídeo, observando quais resignificações, no âmbito das subjetividades negras, são feitas a partir das representações que essas produções apresentam. A partir daí, desenvolvo a noção das Rimas negro-feministas, operador teórico que aponta para uma noção de rima amalgamada ao corpo feminino negro, suas próprias demandas de (re)existência e expressões. Nesse sentido, na primeira parte, relato um pouco sobre o meu encontro com as sujeitas da pesquisa, bem como o significado desse encontro que fora marcado por uma compreensão consciente do meu processo de autoafirmação, e por decisões fundamentais para o desenvolvimento do trabalho. Ainda, discorro sobre afetividadee dor, problematizando a tradição ocidental entre amor e dor como categorias coloniais que atravessam nossas relações afetivas, e discuto sobre a noção de afeto como nossa potência de ação. Depois, discorro sobre autodefinição e empoderamento, afirmando como as artistas ao apresentarem um discurso sobre identidades e empoderamento, negam às mulheres negras o tratamento de Outro invisível e fazem uso da voz poética negro-feminista.  Na segunda parte, reflito sobre como essas artistas, por meio de seus repertórios textuais imbuídos de uma poesia emblemática e constitutiva da diferença racial e da autoidentificação, expressam um discurso consolidado numa linguagem insubordinada, rasurando as estereotipias e denunciando as violências com as quais nós, mulheres negras, habitualmente, nos deparamos.  Aponto como denunciam os aspectos negativos da “diferença” sobre os sujeitos negros, como estabelecem uma voz poética que se autodefine por meio de metáforas que expressam liberdade, como elaboram um discurso opositivo a uma narrativa infiel da história, como destacam os lugares de potências e equilíbrios afetivos entre as mulheres negras, como deslegitimam as ideias estereotipadas a respeito do corpo feminino negro, e por fim, como enunciam uma voz multidimensional e coletiva que estabelece interlocução com sujeitos que elaboram fantasias brancas, exigindo deles um comportamento ético. Nesta tese, convido para o diálogo pensadores e pensadoras como Homi Babha (1998), Spinoza (2009), Vladimir Safatle (2019), Beatriz Nascimento (2006), Grada Kilomba (2019), Kabengele Munanga (2020), bell hooks (2014) Sueli Carneiro (2011), Ana Lúcia Silva Souza  (2011), Patricia Hill Collins (2019), Angela Davis (2017), Audre Lorde (2019), Leda Maria Martins (2002), Stuart Hall (2009), Michel Foucault (1997), Conceição Evaristo (2007), Davi Nunes (2016) e (2020), Maria Dolores Sosin Rodriguez (2019) e (2020), Paul Zumthor (2018), Nubia Moreira (2012), Lélia Gonzalez (2018) e Nilma Lino Gomes (2019) dentre outros e outras.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3365799 - LIVIA MARIA NATALIA DE SOUZA SANTOS
Interna - 1676830 - MILENA BRITTO DE QUEIROZ
Interno - 3414388 - JOSE HENRIQUE DE FREITAS SANTOS
Externa à Instituição - SILVANA CARVALHO DA FONSECA
Externa à Instituição - HELEN CAMPOS BARBOSA
Notícia cadastrada em: 07/12/2022 12:42
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