PPGLITCULT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E CULTURA (PPGLITCULT) INSTITUTO DE LETRAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: AYALA TUDE DAS NEVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AYALA TUDE DAS NEVES
DATA : 14/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório Luiz Angélico da Costa
TÍTULO:

THIS AIN'T NO TRAGEDY!

POESIA DUB E TRADUÇÃO NUMA PERSPECTIVA AFRODIASPÓRICA


PALAVRAS-CHAVES:

Poesia dub; Tradução; Poesia afrodiaspórica, Performance; Afua
Cooper


PÁGINAS: 152
RESUMO:

Esta dissertação é a culminância de um exercício de experimentação tradutória que utiliza
o corpo, o ritmo e a performance como recursos tradutórios fundamentais para construir
a tradução de uma literatura afrodiaspórica que nasce a partir da oralidade. Levando em
consideração a baixa produção de traduções de textos literários afrodiaspóricos que
trabalhem com a poesia dub e toda a sua performatividade originada a partir da cultura
afro-caribenha, mais especificamente a jamaicana, surge a necessidade de pensar em
metodologias tradutórias que não tangenciam e nem apaguem os traços estéticos
afrodiaspóricos e a potência cultural transformadora contida no gênero. O trabalho
apresenta a poesia dub como um gênero literário afrodiaspórico e analisa os elementos
estéticos que a compõem a partir das reflexões de Kamau Braithwaite, Mervyn Morris,
Christian Habekost, entre outros. Por conta de uma escassez de pesquisas que se
debruçam a analisar a poesia dub, sobretudo aquelas produzidas por mulheres negras,
algumas análises acabam por aprisioná-las em imagens de controle (COLLINS, 2019). O
trabalho realiza um mapeamento da importância das mulheres negras para a disseminação
da poesia dub como gênero literário e como uma forma de arte jamaicana, com uma
atenção especial à produção artístico-poética de Afua Cooper. Estabelecendo diálogos
com intelectuais como Leda Maria Martins, Denise Carrascosa, Richard Schechner,
Luciana Reis, Olabiyi Babalola Yai, Muniz Sodré e demais intelectuais que pensam a
produção de saber considerando o corpo como recurso, o presente estudo coloca em
prática uma reflexão sobre um exercício tradutório corporificado e performativo.
Pensando na dimensão linguística da tradução, aciono o uso do pretoguês (GONZALEZ,
1988) para deixar evidente os movimentos linguísticos afrodiaspóricos a partir das
influências, transformações e interferências vocabulares, morfológicas, sintáticas e
fonológicas que as línguas Banto deixam no português falado no Brasil, focando mais
especificamente na língua Kimbundu falada em Angola (MON’A NZAMBI, 2019;
CASTRO, 2022). Por fim, o trabalho desenvolve uma discussão sobre poesia dub como
um gênero multimodal que conecta diferentes elementos para construir uma rede de
significados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2049741 - CARLA DAMEANE PEREIRA DE SOUZA
Externa à Instituição - FERNANDA FELISBERTO DA SILVA - UFRRJ
Interna - 1676830 - MILENA BRITTO DE QUEIROZ
Notícia cadastrada em: 21/11/2022 19:19
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